Aa cirurgia da enxaqueca é respaldada por diversos estudos, inclusive de universidades como Harvard, e é feita por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo -  (crédito: wayhomestudio/Freepik)

Aa cirurgia da enxaqueca é respaldada por diversos estudos, inclusive de universidades como Harvard, e é feita por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo

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Você conhece a cirurgia da enxaqueca? Respaldada por diversos estudos, inclusive de universidades como Harvard, a cirurgia é feita por diversos grupos de cirurgiões plásticos ao redor do mundo. “Ela também é feita em mais de uma dezena das principais universidades americanas, como Harvard. Os resultados positivos e semelhantes das publicações dos diferentes grupos comprovam a eficácia e a reprodutibilidade do tratamento”, afirma o cirurgião plástico Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos EUA e especialista em cirurgia de enxaqueca pela Case Western University.

“Pouco invasiva, a cirurgia tem o objetivo de descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. Os ramos periféricos destes nervos, responsáveis pela sensibilidade da face, pescoço e couro cabeludo, podem sofrer compressões das estruturas ao seu redor, como músculos, vasos, ossos e fáscias. Isto gera a liberação de substâncias (neurotoxinas) que desencadeiam uma cascata de eventos responsável pela inflamação dos nervos e membranas ao redor do cérebro, que irão causar os sintomas de dor intensa, náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som”, diz Paolo Rubez, idealizador do Migraine Surgery Academy, que ensina e estimula cirurgiões plásticos do mundo a realizarem as cirurgias de enxaqueca a fim de beneficiar mais pacientes com o tratamento.

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Faça o teste

Abaixo, o teste pode ajudar a indicar se já é hora de você procurar esse procedimento:

Perguntas:

1. Você experimenta crises de enxaquecas mais de duas vezes por mês?
- Sim
- Não

2. A enxaqueca afeta significativamente suas atividades diárias e qualidade de vida?
- Sim
- Não

3. Você já tentou várias abordagens de tratamento, como medicamentos, mudanças no estilo de vida e terapias, sem resultados satisfatórios?
- Sim
- Não

4. A enxaqueca está associada a sintomas incapacitantes, como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som?
- Sim
- Não

5. Você foi diagnosticado(a) por um neurologista como portador(a) de enxaqueca crônica?
- Sim
- Não

6. Você está disposto(a) a considerar opções cirúrgicas para aliviar os sintomas da enxaqueca?
- Sim
- Não

O resultado

De acordo com suas respostas, o resultado do teste pode ser:

- Se você respondeu ‘sim’ em menos de duas perguntas: A cirurgia de enxaqueca pode não ser a opção mais indicada neste momento. Recomenda-se continuar explorando outras abordagens de tratamento com o auxílio de um profissional de saúde.

- Se você respondeu ‘sim’ em duas a quatro perguntas: Existem alguns sinais de que a cirurgia de enxaqueca pode ser uma opção a ser considerada. É essencial discutir suas opções com um neurologista ou cirurgião especializado para uma avaliação mais aprofundada.

- Se você respondeu ‘sim’ em cinco ou seis perguntas: Sua pontuação sugere que a cirurgia de enxaqueca pode ser uma opção válida. Recomenda-se agendar uma consulta com um especialista para discutir detalhes sobre o procedimento, benefícios e potenciais riscos.

Diagnóstico da enxaqueca deve ser dado por um neurologista

Segundo o médico, a cirurgia para enxaqueca pode ser feita em qualquer paciente que tenha diagnóstico de migrânea (enxaqueca) feito por um neurologista, e que sofra com duas ou mais crises severas de dor por mês que não consigam ser controladas por medicações; ou em pacientes que sofram com efeitos colaterais das medicações para dor ou que tenham intolerância a estas medicações; ou ainda em pacientes que desejam realizar o procedimento devido ao grande comprometimento que as dores causam em sua vida pessoal e profissional.

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Paolo Rubez enfatiza que as cirurgias são feitas em ambiente hospitalar e sob anestesia geral e em alguns casos sob anestesia local. “A duração da cirurgia, para cada nervo, é de cerca de uma a duas horas, e o paciente tem alta no mesmo dia, ou no dia seguinte, para casa”, pontua o médico.