Após o diagnóstico de câncer, inicia-se uma nova etapa: o tratamento, fase que geralmente envolve abordagem multidisciplinar, com combinação de várias modalidades e estratégias. O objetivo principal é eliminar ou controlar o crescimento do tumor, prevenir sua disseminação para outras partes do corpo e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Escolher a melhor modalidade terapêutica está relacionado ao tipo, estágio e localização do câncer, bem como as características individuais do paciente; no entanto, existem algumas etapas comuns que precedem a definição terapêutica. Esta fase do diagnóstico envolve o processo de identificação e confirmação do câncer por meio de exames médicos, testes de imagem, biópsia e análise laboratorial das amostras de tecido.
Posteriormente, uma equipe médica especializada desenvolve um plano de tratamento personalizado. Isso pode incluir uma ou várias modalidades. Os médicos Daniel D’Almeida Preto e João Neif Junior assinam um texto presente no livro Manual do paciente com câncer, publicado pela nVersos Editora, que apresenta 9 delas. Confira:
Cirurgia – É um procedimento no qual o tumor e, possivelmente, os tecidos circundantes são removidos. A cirurgia é frequentemente usada para remover tumores localizados em uma área específica do corpo.
Radioterapia – Utiliza radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas. Pode ser aplicada externamente (por meio de máquinas que emitem radiação) ou internamente (com o uso de materiais radioativos colocados diretamente no tumor ou na área afetada).
Quimioterapia – Envolve o uso de medicamentos (quimioterápicos) para destruir as células cancerígenas em todo o corpo. Essas substâncias podem ser administradas por via oral, intravenosa ou por outros métodos, e atingem tanto as células cancerígenas quanto as células saudáveis em crescimento rápido.
Terapia-alvo – Usa medicamentos projetados para atacar alvos específicos nas células cancerígenas, bloqueando o crescimento e a disseminação do tumor. A terapia-alvo é mais direcionada às células cancerígenas do que à quimioterapia convencional, o que pode reduzir os efeitos colaterais.
Imunoterapia – Ativa o sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater as células cancerígenas. Pode envolver o uso de anticorpos monoclonais, vacinas contra o câncer ou outras abordagens para aumentar a resposta imunológica.
Hormonioterapia – Usada no tratamento de cânceres sensíveis a hormônios, como câncer de mama e próstata. A hormonioterapia bloqueia ou diminui a produção ou ação dos hormônios que estimulam o crescimento das células cancerígenas.
Transplante de células-tronco – Envolve a substituição das células doentes da medula óssea por células-tronco saudáveis, geralmente após tratamentos como quimioterapia ou radioterapia de altas doses.
Crioablação – Também conhecida como crioterapia, é uma modalidade de tratamento que mata as células cancerígenas através de seu congelamento. Durante a crioablação, uma agulha fina em forma de bastão é inserida diretamente no tumor e gases muito frios são injetados para matar as células cancerígenas.
Ablação por radiofrequência – Este tratamento usa energia elétrica para aquecer as células cancerígenas, levando-as à morte. A energia de alta frequência passa por uma agulha em contato com o tumor e faz com que o tecido circundante aqueça, matando as células próximas.