Existem muitos fatores que contribuem para um couro cabeludo saudável -  (crédito: Freepik)

Existem muitos fatores que contribuem para um couro cabeludo saudável

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Muitas pessoas querem ter cabelos lindos, mas esquecem de cuidar do “solo” de onde nascem os fios: o couro cabeludo. E há diversos riscos nisso, já que um solo doente não costuma dar bons frutos. “As pessoas só lembram dos cuidados com o couro cabeludo quando notam sinais como caspa, coceira ou queda de cabelo. Existem muitos fatores que contribuem para um couro cabeludo saudável e precisamos estar mais atentos a essa pele, pois uma má saúde do couro cabeludo pode causar problemas nos fios, como danos na cutícula, rugosidade, inflexibilidade e quebra, e a na própria pele, com coceira, caspa, excesso de oleosidade e acúmulo de resíduos”, explica a dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Lilian Brasileiro.

Especialistas elencam sete verdades sobre a importância que deve ser dada a essa região:

1. Cuidado com couro cabeludo é essencial para saúde dos fios

Segundo a dermatologista, sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Mônica Aribi isso ocorre porque, em caso de desequilíbrio das condições no couro cabeludo, a nutrição, a hidratação e a oxigenação dos fios ficam comprometidas. A farmacêutica, gerente técnica da Biotec Dermocosméticos, Maria Eugênia Ayres, explica que hidratar o couro cabeludo é uma parte importante desses cuidados, especialmente se você tem um couro cabeludo seco, sensível ou com outras condições.

“A hidratação dessa área promove: 1) prevenção de ressecamento; 2) promoção do crescimento capilar, já que um couro cabeludo saudável e hidratado pode proporcionar um ambiente mais favorável para o crescimento dos fios; 3) minimização da caspa; 4) redução da irritação, já que hidratantes podem ajudar a acalmar e aliviar essa irritação; e 5) equilíbrio da oleosidade”, diz Maria Eugênia.

Uma das estratégias para cuidar dessa área é um tratamento de três etapas que inclui um componente no consultório e um spray para levar para casa e usar durante o dia. O procedimento conta com uma tecnologia patenteada que gera um efeito de vórtice capaz de promover limpeza e esfoliação profunda e melhorar a microcirculação e o fluxo sanguíneo do couro cabeludo ao mesmo tempo em que aplica uma solução específica. O procedimento purifica, nutre e protege o couro cabeludo”, explica Lilian.

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Segundo Mônica, o ideal é que a limpeza profunda seja realizada uma vez por mês durante, no mínimo, três meses, com o spray sendo utilizado uma vez ao dia nos intervalos entre as sessões.

2. O principal cuidado do couro cabeludo é evitar que ele se torne muito oleoso ou ressecado

Mônica Aribi explica que é necessário lavar na frequência adequada para cada tipo de couro. “Os mais oleosos por vezes precisam ser lavados diariamente, mas mesmo os mais secos devem ser lavados no mínimo duas vezes por semana, sempre sem esfregar ou massagear. Também é muito importante enxaguar muito bem para que os resíduos dos produtos como xampus e condicionadores não entupam os folículos pilosos”, diz a médica.

3. Vale a pena investir em produtos específicos para o couro cabeludo

Cada tipo de couro, segundo Mônica, precisa de produtos com tipos específicos para ele. “Esse produto não é o mesmo para o outro familiar. Por exemplo, os ativos mais indicados para tratar os couros cabeludos oleosos são: o cetoconazol, que age diminuindo o número de colônias da bactéria Pityrosporum ovale, que aumenta o sebo; o zinco, que age como regulador das glândulas sebáceas impedindo a produção exagerada de sebo; e o ácido salicílico, em casos mais graves, para evitar a descamação”, diz a médica.

Nos couros cabeludos sensíveis, deve-se evitar produtos com ureia e usar produtos com alfabisabolol, que é um calmante natural da pele, segundo a médica. “Para esse tipo de couro, vale também procurar produtos com água termal, que tem ação anti-inflamatória e calmante.”

Para manter o couro cabeludo saudável, a farmacêutica Maria Eugênia Ayres também indica outras substâncias - um ácido hialurônico de baixo peso molecular vetorizado pela molécula do silanol. Ele apresenta alta biodisponibilidade e além disso diminui os efeitos nocivos do cortisol na pele e couro cabeludo”, explica Maria Eugênia. Outro produto que pode ajudar a saúde do couro cabeludo usa uma molécula do D-Pantenol vetorizado pelo silanol, o que faz dele um ativo altamente biodisponível para pele e couro cabeludo”, conta a farmacêutica.

4. Xampu antirresíduos não é a salvação para o couro cabeludo de todos

Os resíduos são muito maléficos ao couro cabeludo, mas só é necessário usar xampu antirresíduos em casos que o paciente não faz o enxágue de forma eficaz por tempo prolongado, esclarece Mônica.

5. Falta de cuidado com couro cabeludo também causa queda

“A queda de cabelo não apenas pode ser causada por falta de cuidado com o couro, como é muito comum que seja desencadeada por essa causa. A relação está principalmente porque se o couro não funciona bem, existe um fechamento dos folículos pilosos e os fios deixam de ser nutridos e hidratados”, alerta Mônica.

6. Caspa no couro cabeludo é bem diferente de acúmulo de resíduos

Segundo Mônica, em geral, as pessoas têm caspa por tendência genética e ela é bem diferente de resíduo. “Em geral a caspa é branca e solta; enquanto isso, os resíduos são mais escuros e aderentes”, comenta. “A caspa acontece quando o couro cabeludo produz muito óleo, o que faz com que um excesso de células da pele se acumule e depois se desprenda. Ela pode ser causada por vários fatores, incluindo: excesso de um fungo chamado malassezia; não lavar o cabelo com frequência suficiente; hormônios; estresse; lavar o cabelo com água quente; e mudanças de temperatura”, diz Lilian Brasileiro.

7. Descamação do couro cabeludo pode ser sinal de estresse emocional

Conforme Mônica, não é incomum que isso ocorra. “Outro motivo é uma tendência à oleosidade, mas que está sendo cuidada de forma inadequada. O tratamento dessa descamação se dá por meio do uso de xampus adequados para couro oleoso ou loções à base de zinco ou ácido salicílico. Já as feridinhas mostram que, como consequência da oleosidade, o paciente tem prurido e coça por vezes sem perceber ou dormindo. Nesses casos temos que tratar com cicatrizante tópicos ou até antibióticos por via oral. O mais importante é buscar ajuda médica.”