Bernardino Coelho, de 80 anos, tomou a decisão pelo transplante depois da pandemia para ter uma 'melhor versão' de si mesmo -  (crédito: Centro Médico Capilar (CMC)/Divulgação)

Bernardino Coelho, de 80 anos, tomou a decisão pelo transplante depois da pandemia para ter uma 'melhor versão' de si mesmo

crédito: Centro Médico Capilar (CMC)/Divulgação

De acordo com pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), a calvície afeta cerca da metade dos homens até os 50 anos de idade. No Brasil, são mais de 40 milhões de pessoas atingidas pela condição. Com o passar dos anos, é comum que a queda de cabelo aumente. Em pessoas idosas, a queda capilar ocorre devido à baixa produção de enzimas e de hormônios, o que pode ser influenciada pelo estresse. Com isso, os fios ficam mais finos, com pouco brilho e quebradiços.

 

Apesar da procura por transplante capilar não ser muito grande entre pacientes idosos, o procedimento continua a ser uma opção para quem quer tratar a calvície após os 65 anos. Segundo o médico tricologista João Gabriel Nunes, cuja média de pacientes idosos é de 20%, se o paciente estiver clinicamente saudável, é totalmente apto ao transplante. “Solicitamos ao paciente exames laboratoriais e eletrocardiograma, e também temos um médico cardiologista acompanhando todo o procedimento para monitorar e evitar riscos cirúrgicos”, ressalta.

O procedimento do transplante capilar em idosos é o mesmo utilizado em outros pacientes mais novos, com o método FUE, que consiste na retirada das unidades foliculares, uma a uma, diretamente da área doadora do couro cabeludo - ou seja, nas regiões da nuca e lateral da cabeça.

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João Gabriel Nunes explica que, depois de analisar os exames feitos e saber se o paciente faz uso contínuo de remédios e se apresenta reações adversas a algum tipo de medicamento, esse mesmo paciente será monitorado por período integral. “Depois do procedimento, o paciente recebe na clínica todos os medicamentos necessários, além de acompanhamento por um ano”, explica. “O pós-operatório, mesmo para idosos, é bem tranquilo. O procedimento é minimamente invasivo, e a recuperação é rápida”.

Grau de calvície 

O transplante capilar na terceira idade foi uma escolha de Bernardino Coelho, de 80 anos, natural da Ilha da Madeira (Portugal), vivendo há 70 anos em São Paulo. A decisão pelo transplante veio após a pandemia, junto com a vontade de retornar à terra natal para visitar familiares “em sua melhor versão”.

Portando o grau 6 de calvície, são necessárias duas sessões do procedimento. Porém, tendo realizado apenas uma até o momento, Bernardino já se sente satisfeito com o resultado. “O meu único arrependimento em relação ao transplante capilar é não ter feito antes”, destaca. 

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Outro caso atendido por João, foi o do professor de tênis Márcio Nunes, de 62 anos. Márcio relata que a perda de fios começou aos 25 anos, e foi se intensificando com o passar do tempo, até que chegou em um ponto que a calvície o incomodava. “A minha profissão faz com que meu estilo de vida exija uma certa vaidade. A calvície me incomodava, e como tenho alunos de todas as idades, manter-me ativo e jovem é o meu cartão de visitas”, conta.

 

senhor careca jogando tênis e depois feliz com o tranplante capilar

Márcio Nunes, de 62 anos, professor de tênis, começou a perder os fios do cabelo aos 25 anos, e foi se intensificando com o passar do tempo, até que chegou a hora do transplante capilar

Centro Médico Capilar (CMC)/Divulgação

Com o passar dos anos, Márcio sentia sua imagem ficando mais envelhecida. Foi aos 56 anos que ele decidiu realizar o transplante capilar. “Sempre me cuidei fisicamente, e alguns amigos sempre disseram que se eu tivesse mais cabelos, poderia ser algo bem positivo para uma aparência mais jovem. Então decidi realizar o procedimento, que acabou se tornando uma esperança segura de rejuvenescimento e consequentemente uma maior auto estima”, afirma.

O professor de tênis demonstra estar extremamente satisfeito com o resultado, e que, desde então, tem sentido mais vontade de se cuidar em todos os aspectos. “Sinto que rejuvenesci pelo menos uns 10 anos. E prova disso é que, quase todos os dias encontro com pessoas que dizem o mesmo, e que estão impressionados com minha nova aparência e perfeição do resultado do transplante capilar”.