m relação à alimentação, os principais fatores de risco para a hipertensão são o consumo excessivo de sal, dieta rica em gordura saturada e gorduras trans e o baixo consumo de frutas e vegetais -  (crédito: Freepik)

m relação à alimentação, os principais fatores de risco para a hipertensão são o consumo excessivo de sal, dieta rica em gordura saturada e gorduras trans e o baixo consumo de frutas e vegetais

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O próximo dia 26 de abril marca o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Hipertensão é o nome que se dá à uma condição clínica de origem multifatorial, caracterizada pela elevação sustentada dos níveis pressóricos 140 e/ou 90 mmHg. Pode ter influência de fatores genéticos e epigenéticos, tendo extensa relação com os hábitos de vida, alimentação, consumo de água, bebidas alcoólicas e tabaco, atividade física, sono de qualidade e melhor gestão do estresse.

As doenças crônicas que são predisponentes para hipertensão arterial são: doença renal, diabetes mellitus, hipercolesterolemia familiar, doenças cardiovasculares e obesidade. Em relação à alimentação, os principais fatores de risco são o consumo excessivo de sal, dieta rica em gordura saturada e gorduras trans e o baixo consumo de frutas e vegetais.

De acordo com a nutricionista clínica e mentora de vida saudável, Jhenevieve Cruvinel, é importante entender que o sal está presente na maior parte dos produtos ultraprocessados, tanto doces quanto salgados, além de descrito como sódio, pode estar no rótulo com outros nomes: caseinato, glutamato, sacarina, ciclamato, citrato, propionato e outros.

Alguns dos produtos que mais contém sal e talvez você não saiba:

- Bebidas, sucos e refrigerantes

- Salgadinhos e bolachas, inclusive as recheadas

- Macarrão instantâneo

- Temperos prontos ultraprocessados: shoyu, caldo de carne, galinha e legumes, entre outros

- Congelados: lasanha, pizza, nuggets, hambúrgueres

- Embutidos: presunto, salame, peito de peru

“A base da alimentação na prevenção e no tratamento da hipertensão arterial são as verduras, vegetais e frutas, principalmente porque são riquíssimas em diversas vitaminas e minerais como a vitamina C, magnésio, potássio, cálcio e substâncias antioxidantes como os polifenóis e o selênio, que ajudam no controle da pressão arterial. O consumo moderado das oleaginosas sem sal como a castanha-do-pará, nozes, amêndoa e pistache, assim como o azeite de oliva são potentes em nutrientes e antioxidantes e são uma excelente fonte de gordura para uma dieta equilibrada”, comenta a nutricionista.

Dicas

Segundo Jhenevieve, nas preparações culinárias uma dica é utilizar temperos naturais para substituir o sal e realçar o sabor dos alimentos e ter também outros benefícios para a saúde, como melhora da saúde digestiva e intestinal, e o fortalecimento da imunidade. São antifúngicos, antibactericidas e vermífugos e possuem também nutrientes e fotoquímicos importantes.

Leia: Sal e saúde: tipos e como usá-los de forma adequada no preparo de alimentos

Alguns suplementos podem auxiliar no tratamento da hipertensão, como a coenzima Q10, ômega 3, vitamina E, vitamina D e quercetina - é recomendado consultar  um profissional nutricionista para prescrição individualizada.

Mudar os hábitos de vida, regulando o estresse, estabelecendo uma rotina com horários para alimentação, sono e atividade física, é outra dica simples. “Levantar-se a cada uma hora e caminhar por alguns minutos, alongar-se, respirar conscientemente, ter um hobbie, reduzir o tempo de tela, beber mais água durante o dia e encontrar momentos de paz e contemplação. Todo desequilíbrio na saúde é um recado no corpo para que algo seja olhado e transformado”, indica.