
6 mitos e verdades sobre o contraceptivo injetável; confira
Contraceptivos injetáveis são seguros e eficazes para mulheres de todas as idades, independentemente de terem tido filhos anteriormente ou não
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Siga noContraceptivos injetáveis continuam sendo uma escolha popular para muitas mulheres em todo o mundo, oferecendo uma forma eficaz de controle de natalidade. De acordo com dados da Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (Pnaum), de base populacional e amostra probabilística, realizada em 20.404 domicílios urbanos brasileiros, a prevalência de uso de contraceptivos orais (CO) foi 28,2% e de contraceptivos injetáveis (CI), 4,5%
No entanto, inúmeros mitos e verdades cercam esses métodos contraceptivos, muitas vezes levando a equívocos e desinformação. Para esclarecer e oferecer informações precisas, é fundamental separar os fatos da ficção, por isso, Carlos Alberto Reyes Medina, diretor médico da Carnot Laboratórios, laboratório farmacêutico, respondeu seis mitos e verdades sobre o tema:
1. Causam ganho de peso significativo
Mito. Enquanto algumas mulheres podem experimentar alterações de peso ao usar contraceptivos injetáveis, estudos mostram que não há evidências consistentes para apoiar a ideia de que esses métodos causam ganho de peso significativo em todas as usuárias. Cada pessoa pode responder de maneira diferente, e é importante discutir quaisquer preocupações com um profissional de saúde.
2. São adequados apenas para mulheres que já tiveram filhos
Mito. Contraceptivos injetáveis são seguros e eficazes para mulheres de todas as idades, independentemente de terem tido filhos anteriormente ou não. Eles são uma opção contraceptiva viável para mulheres jovens que desejam evitar a gravidez, bem como para aquelas que já são mães e buscam uma forma conveniente de controle de natalidade. O ideal é que seja feito uma avaliação pelo ginecologista primeiro, para que ele possa indicar o melhor método para o seu perfil.
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3. Aumentam o risco de câncer
Mito. Não há evidências conclusivas de que o uso de contraceptivos injetáveis aumente o risco de câncer. De fato, alguns estudos sugerem que esses métodos contraceptivos podem até mesmo reduzir o risco de certos tipos de câncer, como o câncer de ovário e o câncer de endométrio. No entanto, é importante discutir os benefícios e riscos com um médico.
4. Podem ser acessados de forma gratuita
Verdade. Nos dias de hoje é possível, sim, ter acesso de forma gratuita aos contraceptivos injetáveis. Inclusive, estão disponíveis gratuitamente para todas as mulheres que se encaixam no perfil para utilização do produto. As interessadas podem encontrar o medicamento pelo nome comercial ou por sua composição que é 25mg de acetato de medroxiprogesterona + 5mg de cipionato de estradiol. Este é um esforço significativo para garantir que todas as mulheres tenham acesso a opções contraceptivas eficazes, independentemente de sua situação econômica.
Mulheres com convênio médico têm direito ao fornecimento ou reembolso do contraceptivo injetável, assegurando acesso gratuito ao contraceptivo. E para quem não tem convênio podem encontrá-lo disponível em redes de saúde pública. Este produto é cadastrado e adquirido pelo governo federal, garantindo sua disponibilidade em centros de saúde e postos de atendimento em todo o país.
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5. Causam infertilidade permanente
Mito. Contraceptivos injetáveis não causam infertilidade permanente. Após a interrupção do uso, a fertilidade geralmente retorna ao normal dentro de alguns meses. Esses contraceptivos não afetam a capacidade reprodutiva a longo prazo, permitindo que as mulheres planejem sua família de acordo com suas necessidades e desejos.
6. Existem opções que não causam dor
Verdade. Apesar de ser um contraceptivo injetável, que geralmente causa uma leve dor e desconforto durante sua aplicação, existem opções hoje no mercado, que por terem uma formulação aquosa não tem esse efeito.
Por isso, é sempre muito importante estudar junto com o médico ginecologista as possibilidades e opções que se adequam a cada caso e, assim, fazer uma escolha assertiva.