Amanhã, 8 de abril, é o Dia Mundial de Combate ao Câncer, data criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o intuito de disseminar informações sobre a prevenção e o controle da doença. De acordo com um estudo feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS), haverá um aumento de 77% no número de casos até 2050. A má alimentação e a obesidade estão entre as principais causas para essa elevação. Para Silas Soares, especialista em saúde preventiva, uma dieta equilibrada e saudável é um dos fatores fundamentais para manter o sistema imunológico forte e aumentar a prevenção contra a doença.
“Precisamos entender que o câncer está pautado no tripé desnutrição, intoxicação e fator emocional. Muitos dos pacientes diagnosticados com a doença estão desnutridos, por conta de má alimentação, que provoca a deficiência de vitaminas e de minerais. Já a intoxicação ocorre pelos agrotóxicos, por metais tóxicos presentes em panelas, em embalagens, e até mesmo em medicamentos. Por fim, o emocional é um fator-chave, já que estamos em um cenário no qual as pessoas estão cada vez mais ansiosas, frustradas e com uma alta tensão por diversos motivos”, explica o especialista que atua em saúde funcional e integrativa.
Para Silas, o processo é simples: a sobrecarga física e mental gera mais estresse. Uma pessoa estressada "desconta" na alimentação, consumindo mais ultraprocessados, seja pela falta de tempo ou pela necessidade de açúcares e carboidratos. Com uma dieta totalmente desequilibrada, esse indivíduo terá uma qualidade de vida inferior e, consequentemente, um sistema imunológico fragilizado, aumentando assim as chances de diversas doenças, como o câncer.
O especialista explica que a escolha de uma alimentação mais rápida e prática, além dos produtos industrializados e o alto consumo de fast food são alguns dos principais motivos para a obesidade, o que pode influenciar no surgimento do câncer. “Um hambúrguer, uma batata frita, uma pizza não oferece qualquer tipo de nutrientes para quem consome. O corpo precisa de vitaminas e de minerais para construir uma barreira de defesa em seu organismo. Esses nutrientes só são fornecidos por alimentos saudáveis, por meio de uma dieta equilibrada com proteínas, fibras e carboidratos na medida correta”, recomenda.
O QUE DEVE SER EVITADO
Silas também pontua que é comum muitos especialistas recomendarem alimentos benéficos à saúde, mas, para ele, é fundamental explicar quais são os que prejudicam o organismo, já que muitos desses alimentos estão presentes na rotina e podem ser até considerados como inofensivos por diversas pessoas. “O brasileiro gosta de comer um bolinho de tarde ou um pão quentinho com café, por exemplo. A refeição que é tão comum no dia a dia é recheada de glúten e lactose: são dois componentes inflamatórios, que contribuem para a diminuição da imunidade do paciente. É recomendado diminuir o consumo do leite, de bolo, pão e biscoitos, podendo substituí-los por frutas ou omelete. O leite tradicional também deve ser trocado pelo leite de aveia ou de amêndoa”, indica.
PREVENÇÃO
Já entre os principais alimentos que ajudam na prevenção do câncer estão: alho, cúrcuma, chá verde e gengibre, já que são responsáveis por fortalecer o sistema imunológico, além de inibir a formação de células tumorais no corpo, isso porque contêm compostos antioxidantes. “Vale lembrar que a prevenção do câncer vai além da dieta balanceada. É preciso que o paciente pratique exercícios físicos, esteja com os hormônios regulados, durma bem, entre outros fatores que também influenciam no sistema imunológico. O estresse, o sedentarismo e a privação do sono fazem o corpo ficar mais indefeso e frágil, o que influencia na qualidade de vida e também no surgimento do câncer, além de outras patologias”, explica.