Há alguns anos, era muito claro quando alguém fazia uma facelifting. O rosto esticado denunciava. Hoje, é quase impossível até tentar achar os pontos. Mas, afinal, o que há de novo nas técnicas atuais? O que mudou? “As técnicas atuais permitem um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois tratam de forma pontual todas as camadas que apresentam envelhecimento, da superfície ao músculo. Outro ponto importante é que o resultado se mantém por mais tempo já que o rosto foi tratado de maneira global”, comenta o cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS), Paolo Rubez.

Com o lifting facial moderno, o estereótipo do rosto artificial de pele puxada cai por terra. É por isso que apenas olhos bem treinados e fotos, lado a lado, conseguem evidenciar as mudanças, que são mais naturais. “O lifting facial moderno é mais profundo. O envelhecimento ocorre de forma global no rosto atingindo todas as camadas, e esta cirurgia faz o tratamento de todas elas, com exceção do osso. O lifting inicialmente tratava apenas a camada de pele do rosto, esticando-a e retirando seu excesso. Isso promovia resultados muito artificiais e estigmatizados”, diz Paolo. “Hoje, a evolução maior está em tratar o SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), tecido que cobre a musculatura, através de pontos para reposicioná-lo”, explica o médico, que é mestre em cirurgia plástica pela UNIFESP.



Como trata melhor as camadas profundas do rosto, há benefícios também na duração do tratamento a longo prazo, segundo Paolo. “A indicação é semelhante ao do lifting tradicional, ou seja, quando há sinais de flacidez e envelhecimento facial. Se pensarmos em uma idade, ela é indicada sobretudo para pacientes acima dos 45 anos em média, e que já apresentem sinais de envelhecimento como flacidez de pele e perda de volume na face”, comenta o especialista.

A cirurgia é feita através de incisões ao redor da orelha e abaixo do queixo, de forma que as cicatrizes ficam muito pouco visíveis após alguns meses, de acordo com Paolo. “Ela dura em torno de cinco a seis horas e é realizada em ambiente hospitalar para segurança do paciente. A anestesia é geral e o paciente deve permanecer no hospital por um dia."

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Quanto aos cuidados pré e pós-procedimento, o médico lembra que, antes de operar, o paciente deve estar em boas condições clínicas e não deve fazer uso de medicamentos que aumentam o sangramento, próximo à cirurgia, como aspirina e anti-inflamatórios. “No pós-operatório, é normal apresentar inchaço e roxo na face que melhoram em torno de duas a três semanas. Não é comum que haja dor após a cirurgia. O paciente deve permanecer em repouso relativo por duas a três semanas e afastado de atividades físicas por 30 dias. Além disso, deve evitar sol por dois meses. É fundamental que o procedimento seja realizado por um cirurgião plástico especialista”, indica Paolo Rubez.

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