O Dia da Terra é celebrado anualmente em 22 de abril. Essa data foi estabelecida em 1970, pelo ativista ambiental norte americano Gaylord Nelson, para conscientizar as pessoas sobre a importância de proteger o meio ambiente e os recursos naturais do planeta. No entanto, com o avanço das mudanças nas condições climáticas, as questões ambientais vem afetando a saúde mental da população, especialmente dos jovens.



Segundo o Eurobarômetro, estudo feito na Europa em 2021, 93% dos entrevistados considera as mudanças climáticas uma questão séria, enquanto, 73% acredita que é uma questão muito séria. A ansiedade climática pode causar impactos significativos na saúde mental, levando a sintomas como estresse crônico, insônia e até mesmo depressão.

"À medida que os eventos extremos relacionados ao clima se tornam mais frequentes e intensos, muitas pessoas passaram a experimentar sentimentos de desamparo, tristeza e medo em relação ao futuro do planeta", explica Aline Sabino, psiquiatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

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A condição, também conhecida como eco-ansiedade, é classificada pela Associação Americana de Psicologia – American Psychological Association (APA) – como o medo crônico de catástrofes ambientais, tanto que o termo eco-ansiedade foi criado pela APA em 2017.

Com o aumento das preocupações com as mudanças climáticas e a degradação ambiental, a eco-ansiedade tem se tornado um tema cada vez mais relevante.

Como lidar com a ansiedade climática?

É fundamental buscar maneiras de lidar com esse sentimento, seja por meio do ativismo ambiental, da prática de hábitos sustentáveis ou do apoio psicológico, visando o equilíbrio emocional e a busca por soluções concretas para os desafios ambientais enfrentados pela humanidade.

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"Nesses casos, um profissional de saúde mental pode ajudar a trabalhar esses sentimentos e desenvolver estratégias saudáveis de enfrentamento, auxiliando no equilíbrio entre a consciência ambiental e o bem-estar mental", reforça a psiquiatra.

Ainda segundo a psiquiatra, falar sobre medos e preocupações relacionados às mudanças climáticas com um profissional qualificado pode trazer alívio e perspectiva, assim como ajudar a criar uma relação saudável do indivíduo com relação ao meio ambiente. “Além disso, a eco-ansiedade pode levar a transtornos de ansiedade ou depressão, que requerem tratamento especializado”, explica ela.

Portanto, buscar ajuda psicológica é uma medida saudável e recomendada para lidar com os impactos emocionais da eco-ansiedade, permitindo que a pessoa encontre maneiras mais equilibradas e construtivas de enfrentar as preocupações ambientais.

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