Muitos entusiastas do fitness enfrentam um dilema comum antes de iniciar a rotina de exercícios: vale realizar alongamento? A resposta é sim. Embora muitas vezes negligenciada, prática é fundamental tanto antes quanto após a atividade física. Segundo o médico ortopedista especializado em coluna e diretor do Núcleo de Ortopedia e Traumatologia (NOT), Daniel Oliveira, o alongamento envolve o processo de estiramento dos músculos e tendões para aumentar a flexibilidade muscular e a amplitude articular, melhorando a performance dos movimentos e diminuindo o risco de lesões.

"Existem vários tipos, cada um com métodos e objetivos específicos.” Daniel fala sobre o alongamento estático, que tem a ver com estender um músculo até o ponto de leve desconforto e manter essa posição por um período, geralmente entre 15 e 30 segundos. “Este tipo é mais comum após a prática esportiva, ajudando a relaxar e a aumentar a flexibilidade ao longo do tempo.”



Já o dinâmico, segundo o especialista, caracteriza-se por movimentos suaves e controlados que não param em um ponto de tensão, mas que mantêm os músculos e articulações em fluxo contínuo. “Esse tipo é frequentemente utilizado no aquecimento, pois prepara o corpo para o exercício, aumentando o fluxo sanguíneo e a temperatura muscular.”

Além deles, o ortopedista cita o alongamento balístico, que envolve movimentos rápidos e balançando o corpo ou membros para esticar os músculos além de sua amplitude de movimento normal. Esse tipo, inclusive, é controverso e pode aumentar o risco de lesões se não for realizado corretamente. O médico fala também da Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP), técnica mais avançada que envolve tanto o alongamento quanto a contração dos músculos alvo. “Geralmente é realizada com a ajuda de um terapeuta e é usada para melhorar rapidamente a flexibilidade muscular e a função articular.”

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Daniel explica que o alongamento pode ser prejudicial se realizado de forma inadequada. “Por exemplo, alongamento estático intenso antes do treino pode, na verdade, reduzir a força muscular temporariamente e aumentar o risco de lesões. Além disso, alongar um músculo que já está lesionado sem orientação médica pode piorar a condição.”

Alongamento x aquecimento

O ortopedista de coluna conta que o aquecimento geralmente consiste em atividades de baixa intensidade que visam aumentar a temperatura corporal e a circulação sanguínea para preparar o corpo para o exercício.

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“O alongamento pode fazer parte do aquecimento na forma dinâmica, mas não substitui o aquecimento completo, que inclui atividades como caminhada rápida, corrida leve ou ciclismo, que elevam a temperatura corporal e preparam o sistema cardiovascular para o esforço físico.”

É importante, explica Daniel, ajustar o tipo e a intensidade do alongamento de acordo com as necessidades individuais, condição física e objetivos específicos, fazendo progressão gradual e sempre em conjunto com um profissional de educação física ou fisioterapeuta para determinar os melhores métodos adaptados àquilo que o paciente precisa.

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