A era contemporânea da humanidade trouxe inúmeras inovações e acomodações para a vossa vida. A tecnologia avançou em níveis inimagináveis, e hoje estamos literalmente com a resolução de vários problemas na palma de nossas mãos. Mas esse avanço, também veio para o lado ruim. Com a vida nunca antes tão corrida, a alimentação saudável se tornou um luxo, e com isso, diversos problemas de saúde vieram à tona. E talvez o mais popular, seja a hipertensão.
Um bilhão e trezentos milhões de pessoas. Esse é o número de pessoas que são assoladas por tal doença, que mesmo silenciosa, corrói o ser humano vivo. A hipertensão, ou pressão alta, é caracterizada, basicamente, pelo aumento dos níveis de pressão máxima e mínima do sangue, sendo iguais ou ultrapassando os 140/90 mmHg (ou 14 por nove).
A doença afeta 16% da população global. A nutróloga Nathália Pires explica que, “conforme os alimentos ultraprocessados ganharam espaço, e houve um “boom” nos alimentos ricos em sódio, os casos começaram a aumentar. É nítido ver a evolução desde a década de 90, em pouco mais de 30 anos, os casos da doença dobraram, saindo da casa dos 650 milhões e atingindo esse número nunca antes visto".
A pressão alta tem diversas causas, todas havendo relação com os hábitos de cada um. Sedentarismo, má alimentação, tabagismo e alcoolismo são as causas mais frequentes. Apesar de, no meio das três décadas, o número de fumantes (e consequentemente, de fumantes passivos) ter caído, o sedentarismo e o aumento de ultraprocessados e da “junkie food” são os maiores responsáveis pelo crescimento exponencial da doença.
“O sedentarismo ocasionou essa marca. Foi normalizado, em meio da vida contemporânea, não se cuidar. Com ele, o aumento de comidas nada saudáveis e do stress ocasionou uma bomba relógio no corpo do ser humano. E acredito que os danos a longo prazo estão batendo na porta. Vale dizer, que a pressão alta aumenta a chance de diversas ocorrências muito mais graves, como derrames, infartos, paralisação dos rins, e até a cegueira”, completou a nutróloga.
Ter uma rotina mais saudável, se alimentar melhor, beber moderadamente e não fumar, são as atividades mais importantes para se prevenir. E no último 26 de abril, a Organização Mundial de Saúde (OMS) continuou batendo nessa tecla para uma melhora na saúde pública, como faz todos os anos. “Não tem muito segredo, é se exercitar bem e valorizar cada refeição, não comendo alimentos nocivos à saúde, que seu corpo agradece, a qualidade de vida melhora, e ainda previne doenças nocivas”, acrescenta a especialista.