Esta terça-feira (7/5) é o Dia Internacional da Luta contra a Endometriose. Essa é uma doença que afeta uma em cada dez mulheres no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com dados do Brazilian Journal of Health Review, as internações por endometriose no sudeste do Brasil corresponderam a 41,76% do total de internações, no período de 2013 a 2022.
Segundo a nutricionista e especialista na saúde da mulher, Ramiele Calmon, a endometriose é uma doença crônica de padrão inflamatório, em que os hábitos alimentares e o estilo de vida podem estar diretamente ligados a ela. “Uma das principais formas de prevenir e tratar a doença é por meio da alimentação anti-inflamatória, visto que a inflamação do organismo é um grande fator de desenvolvimento da doença”, diz.
Para quem tem a doença, é fundamental evitar alguns alimentos, como os processados, ricos em açúcar, industrializados, cafeína e glúten. De acordo com Ramiele, “esses alimentos podem aumentar a inflamação no corpo, causando uma piora nos sintomas da endometriose.” Ainda segundo a nutricionista, quem tem endometriose deve optar por alimentos, como os folhosos verdes-escuros, frutas e legumes coloridos, grãos integrais, peixes ricos em ômega 3 e leguminosas, que são excelentes opções para promover um equilíbrio hormonal e reduzir a inflamação do corpo.
Benefícios da dieta anti-inflamatória
Uma alimentação anti-inflamatória pode ser uma aliada muito importante no manejo da endometriose. “Evitar alimentos que têm perfil inflamatório e incluir uma alimentação anti-inflamatória pode, sim, trazer grandes benefícios ao tratamento da doença e, é claro, pode trazer uma melhora nesse padrão inflamatório, além de aliviar sintomas. O objetivo de fazer uma dieta anti-inflamatória é trazer uma melhora para o padrão inflamatório e também diminuir o foco do crescimento da endometriose”, afirma.