No próximo sábado (25/5), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem) marcou encontros com profissionais de saúde e a população em dois locais de grande fluxo de pessoas, em Belo Horizonte e Contagem, na região metropolitana. Na ocasião, informações e esclarecimento de dúvidas sobre essa glândula importantíssima: no Dia Internacional da Tireóide - localizada no pescoço e responsável por regular órgãos importantes como o coração, cérebro, fígado e rins.
Também durante o sábado (25/5), para quem tiver interesse, a Sbem estará compartilhado com o público dicas e cuidados com a saúde da tireóide.
O QUE É A TIREOIDE
Para quem ainda não sabe, a tireoide é uma glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que garantem o equilíbrio do organismo. A glândula possui forma de borboleta (com dois lobos) e se localiza na parte anterior do pescoço, logo abaixo do Pomo de Adão.
A presidente da Sbem MG, Flávia Maia, explica que o órgão atua diretamente no crescimento e desenvolvimento de crianças e de adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, na fertilidade, no peso, nos batimentos cardíacos e funcionamento intestinal, na memória, na concentração, no humor e no controle emocional. “Quando ela não funciona corretamente, pode liberar hormônios em quantidade insuficiente, provocando o hipotireoidismo ou, em excesso, o hipertiroidismo. Nos dois casos, o volume da glândula aumenta, o que é conhecido como bócio. Alguns pacientes podem apresentar nódulos ou caroços na tireoide. Em geral são benignos, mas em torno de 5% dos nódulos encontrados na tireoide podem ser malignos. Esses problemas podem ocorrer em qualquer etapa da vida e são simples de se diagnosticar e tratar.”
Maia explica que, no hipotiroidismo há baixa ou nenhuma produção de hormônios, ocasionando a desaceleração do metabolismo e tudo funciona lentamente. Os principais sintomas são: diminuição da frequência cardíaca, diminuição do apetite, prisão de ventre, reflexos vagarosos, diminuição da libido e sonolência. Já no hipertiroidismo, a tireoide produz mais hormônios do que o organismo precisa. Os principais sintomas são: aumento da frequência cardíaca, taquicardia, sudorese abundante, perda de peso, tremores, insônia, nervosismo e olhos saltados. Ambos têm tratamento e, na maioria das vezes, são usados medicamentos que regulam a produção dos hormônios da tireoide. Em alguns casos é preciso a cirurgia de retirada da glândula.
TIPOS DE DOENÇAS
A especialista ainda explica que há outros tipos de doenças ligadas ao órgão, como o bócio (aumento do tamanho da glândula com a presença ou não de nódulos) e o câncer de tireoide. Nas fases iniciais do câncer, geralmente, passa despercebido por ser um nódulo muito pequeno. Mas com o seu crescimento, ele se torna palpável e pode ser detectado, devendo ser realizado o exame físico pelo médico.
Em geral, o tratamento em estágios iniciais envolve a cirurgia para retirada da glândula e leva à cura na maioria dos casos. Em estágios avançados, podem ocorrer aumento de gânglios linfáticos, tosse persistente, rouquidão e dificuldade para engolir. “Se você estiver com algum desconforto na região do pescoço ou com algum sintoma, procure um endocrinologista. Os exames, hoje em dia, são bem acessíveis e os tratamentos de fácil acesso.”