Níveis baixos do hormônio podem ocasionar uma série de sintomas que vão além dos efeitos conhecidos sobre a libido, incluindo a depressão -  (crédito: Freepik)

Níveis baixos do hormônio podem ocasionar uma série de sintomas que vão além dos efeitos conhecidos sobre a libido, incluindo a depressão

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A testosterona é um hormônio crucial tanto para homens quanto para mulheres, e níveis baixos deste hormônio podem ocasionar uma série de sintomas que vão além dos efeitos conhecidos sobre a libido, incluindo a depressão. O médico, doutorando em neurociências e acadêmico de teologia, Victor Sorrentino, destaca que a análise dos exames de testosterona deve ser minuciosa. Primeiramente, é essencial verificar a precisão dos valores indicados, frequentemente mediante a repetição dos exames. Além disso, é importante avaliar outros hormônios que interagem nas vias metabólicas, tanto aqueles que regulam a produção de testosterona quanto seus metabólitos.

Atualmente, existem exames avançados, como os testes de metabolômica urinária, que analisam metabólitos excretados na urina para oferecer um panorama mais detalhado da atividade hormonal diária, quando se identifica uma possível necessidade. Este já é um avanço e faz parte do arsenal de exames que a chamada medicina de precisão já conta.



Victor Sorrentino também enfatiza a importância de uma avaliação abrangente do estilo de vida do paciente. Ele observa que, muitas vezes, homens entre 20 e 30 anos apresentam níveis de testosterona significativamente mais baixos do que os de seus pais, o que não necessariamente demanda tratamento com hormônios ou estimulantes.

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“A decisão por um tratamento é baseada em uma análise integral que inclui clínica, sinais e sintomas, e causas. Mudanças no estilo de vida, como implementação de exercícios físicos, melhoria da higiene do sono e ajustes na alimentação, podem ser suficientes para modular os hormônios e melhorar os níveis de testosterona.”

No contexto da visão de saúde de forma funcional e integrativa, que Victor Sorrentino ajuda a liderar no país, ele ressalta uma diferença fundamental na confiabilidade dos números dos exames de testosterona entre homens e mulheres. “Nos homens, a produção de testosterona é mais estável e requer maior volume, com menos conversão em estrogênio. Mulheres, por sua vez, dependem de uma produção abundante de testosterona e possuem uma atividade elevada da enzima aromatase, responsável pela conversão de testosterona em estrogênios. Assim, a análise isolada da testosterona é geralmente insuficiente para entender completamente o metabolismo hormonal.”

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Além disso, a testosterona tem funções essenciais que vão além de influenciar a libido e o ganho de massa muscular. Esse hormônio desempenha mais de duzentas funções no corpo, incluindo a reparação e construção celular e impactando significativamente órgãos como o coração e o cérebro.

O declínio nos níveis de testosterona pode levar a sintomas como falta de ânimo, irritabilidade e desânimo, frequentemente confundidos com depressão. "Nesses casos, é crucial diagnosticar corretamente as causas dessa diminuição para evitar tratamentos inadequados, como o uso prematuro de antidepressivos, que podem exacerbar alguns sintomas ao diminuir ainda mais a libido e causar um embotamento emocional."