Limpeza requer cuidados. E, remoção, só com o especialista -  (crédito: Freepik)

Limpeza requer cuidados. E, remoção, só com o especialista

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A remoção de cera de ouvido é um assunto recorrente quando se trata de higiene pessoal, e gera dúvidas. Quando em excesso, pode ser um problema e, em falta, outro problema. Como chegar a um meio termo ou, pelo menos, achar uma fórmula genérica que possa assegurar a higiene mais adequada possível dos ouvidos? Quando se deve limpar? Qual o instrumento ideal para fazer isso? Por que os médicos dizem para tomar tanto cuidado? São muitas as perguntas ouvidas pelos otorrinolaringologistas quando o tema em questão é o chamado cerume, esse composto de secreção sebácea, com células epiteliais descamadas e enzimas, que fica dentro do ouvido.

Por que é importante manter?

De acordo com a otorrinolaringologista do Hospital Paulista, Bruna Assis, a cera de ouvido possui muitas propriedades úteis para o ouvido, pois fornece ao canal auditivo externo uma barreira protetora que cobre e lubrifica o canal. "Ela nos protege do que chamamos de corpos estranhos, prevenindo o contato direto com diversos organismos, poluentes e insetos. Também tem uma função bactericida e antifúngica, que diminui riscos de infecções, por possuir um pH ácido que gera esse efeito", esclarece.



Quando higienizar?

Segundo Bruna Assis, não há uma regra que possa se convencionar a respeito. "Isso depende de cada indivíduo. Alterações anatômicas do formato ou diâmetro do conduto auditivo, assim como tipos de pele (mais oleosas ou ressecadas) ou, até mesmo, o uso de fones ou hastes flexíveis, podem levar a maior produção ou impactação da cera. Portanto, cada paciente deverá perceber o tempo de sua necessidade", enfatiza a médica.

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Com relação ao procedimento de limpeza, especificamente, ela explica que a recomendação é optar pelo uso de um tecido macio para a remoção de sujidades. E isso deve ficar restrito à parte externa ou no pavilhão auditivo - jamais no canal auditivo. "Instrumentos como hastes flexíveis, como o cotonete, ou mesmo pontiagudos, como pinças, não são recomendados dentro do conduto auditivo, devido a riscos de trauma local, lesões e infeções".

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Quando há incômodo, o que fazer?

Caso a limpeza normal da parte externa ou no pavilhão auditivo, feita em casa, não seja o suficiente para tirar o incômodo, o jeito mesmo é recorrer a um especialista para entender o que está acontecendo. "Há casos de acúmulo de cera que incomodam bastante e até dão a sensação de diminuição da acuidade auditiva. Ou seja, uma surdez parcial repentina. Nesse tipo de situação, é preciso ter a avaliação médica de um otorrinolaringologista para resolução do quadro sem riscos de complicações. Isso porque é necessário um exame físico, com o uso de instrumentos adequados, a exemplo do otoscópio, bem como a remoção correta, que pode ser feita por processo de lavagem, aspiração, curetagem ou mesmo por via medicamentosa. Portanto, só com auxílio médico".