No turbilhão do envelhecimento, a busca por qualidade de vida se torna uma constante. Desta forma, o tratamento com a reposição hormonal surge como uma aliado promissor, combatendo os efeitos do declínio hormonal e restaurando o bem-estar. Mas surge a dúvida: quando e por quanto tempo devo fazer a reposição hormonal?
Para responder a essa questão complexa, o cirurgiões dentistas Heros Marques, junto do produdor Thales Castro, convidaram o também cirurgião dentista e professor, Marco Botelho, para esclarecer alguns dos mitos e verdades sobre os tratamentos hormonais no Hofin Podcast, que é um dos expoentes do conhecimento médico e odontológico hoje no país.
Embora os transtornos mentais não sejam causados diretamente pelas alterações hormonais, Botelho ressalta que o desequilíbrio hormonal pode intensificar os sintomas, especialmente no climatério. A queda do estrogênio e da progesterona, por exemplo, afeta o sistema nervoso central, alterando o humor, sono, libido e até mesmo a saúde cardiovascular.
"A falta de estrogênio modifica os neurotransmissores, desencadeando alterações no humor, sono e libido", explica o especialista. "Já a progesterona, com sua função ansiolítica, quando em queda, pode provocar mais ansiedade na mulher."
Para mulheres com histórico de transtornos psicológicos, a fase menopausa pode ser particularmente desafiadora. "Se a mulher já foi diagnosticada com alguma questão psicológica, ela tem mais chance de ter algum transtorno durante a transição do período reprodutor para o não-reprodutor", afirma o Botelho ao dentista Heros Marques.
Climatério
A terapia de reposição hormonal (TRH) pode ser uma aliada poderosa no combate aos sintomas do climatério e na promoção da saúde mental, especialmente para mulheres sem histórico prévio de transtornos psicológicos. "A TRH pode ajudar a aliviar os sintomas da menopausa, como os fogachos, e contribuir para o bem-estar mental da mulher", destaca o especialista.
É importante ressaltar que a TRH não é indicada para todas as mulheres. O Dr. Botelho enfatiza durante sua entrevista no podcast Hofin, a necessidade de acompanhamento médico para avaliar individualmente cada caso e definir o tratamento mais adequado, considerando as necessidades e histórico da paciente.
O declínio hormonal, principalmente do estrogênio, também impacta diretamente a saúde óssea, aumentando o risco de osteoporose. "O estrogênio é fundamental para a manutenção da massa óssea", explica o Dr. Botelho. "Com a queda desse hormônio, os ossos ficam mais frágeis e suscetíveis a fraturas."
A reposição hormonal pode ser uma ferramenta eficaz na prevenção e no tratamento da osteoporose, especialmente em mulheres com maior risco da doença. "A TRH pode ajudar a retardar a perda óssea e reduzir o risco de fraturas", afirma o Dr. Botelho.
Heros Marques e Marco Botelho reforçam a importância da consulta especializada para a avaliação individualizada de cada caso e para determinar o tratamento mais adequado, seja por meio da reposição hormonal ou outras abordagens. "A busca por ajuda profissional é essencial para garantir o bem-estar físico e mental da mulher durante todo o processo de envelhecimento", finaliza o especialista.