O mês de maio é voltado para a campanha que visa conscientizar as pessoas a respeito do câncer cerebral. O objetivo é informar a população sobre a doença, promovendo conhecimento detalhado dos sintomas, como é feito diagnóstico e as opções de tratamento, além de combater o estigma associado aos tumores cerebrais. A campanha busca também angariar apoio para pesquisas para garantir avanços nas formas de tratamentos e, potencialmente, uma cura.

Dados do Instituto Nacional do Câncer dão conta de que cerca de 11 mil pessoas por ano, no Brasil, irão descobrir um tumor cerebral. Segundo o médico neurocirurgião, membro da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia, Felipe Mendes, o Maio Cinza é crucial para sensibilizar a população sobre a prevalência desse tipo de câncer e a necessidade de detecção precoce. “Com esclarecimento e informações, as pessoas podem reconhecer sintomas em fases iniciais e buscar ajuda médica rapidamente, melhorando as chances de um diagnóstico e tratamento eficazes.”



De acordo com o neurocirurgião, existem vários tipos de tumores cerebrais. Eles podem ser classificados em primários, que se originam no próprio cérebro, e secundários (ou metastáticos), que se desenvolvem a partir de células cancerosas de outras partes do corpo. “Dentro dos tumores primários, há uma variedade de tipos, como os gliomas, meningiomas, entre outros.”

Os sintomas dos tumores cerebrais, explica Felipe, podem variar de acordo com o tipo, localização e tamanho. Os mais comuns são dores de cabeça persistentes, náuseas, vômitos, convulsões, alterações na visão, dificuldade de fala, mudanças no equilíbrio ou coordenação, perda de memória, confusão mental e alterações de humor ou comportamento.

“O diagnóstico de um tumor cerebral é geralmente feito por meio de uma combinação de métodos clínicos e de imagem. Inicialmente, o médico avalia os sintomas relatados e realiza um exame neurológico completo. Em seguida, exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância magnética (RM), são utilizados para visualizar o tumor e determinar sua localização e tamanho. Em alguns casos, pode ser necessária uma biópsia para confirmar o tipo específico do tumor.”

O médico conta que existe tratamento para tumores cerebrais e pode haver cura em muitos casos, sendo que nem sempre todo tratamento envolve cirurgia. “Alguns podem ser acompanhados com exames de imagem, enquanto outros são controlados com medicamentos.  Porém, para a grande maioria dos casos, o tratamento indicado é cirúrgico, seguido de acompanhamento multidisciplinar.”

A boa notícia, diz o especialista,  é que hoje existem muitas técnicas e equipamentos cirúrgicos que garantem um procedimento mais seguro e resolutivo. “Não há forma efetiva de prevenção, por isso, o reconhecimento precoce dos sinais e sintomas é fundamental para garantir um tratamento bem sucedido.”

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