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A farmacêutica mineira Pharlab, de Lagoa da Prata (MG), começa a produzir, este mês, o dimesilato de lisdexanfetamina, que até então era comercializado com o nome fantasia Venvanse. O medicamento, utilizado para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), foi desenvolvido pelo laboratório japonês Takeda, mas teve a patente expirada no domingo passado (2/6).
Com o lançamento do genérico no mercado brasileiro, esta será uma oportunidade de ampliação para o tratamento de pacientes com o distúrbio, já que a previsão é de que o remédio seja cerca de 35% mais barato se comparado ao medicamento de referência.
Atualmente, uma caixa com 28 cápsulas, de 50 miligramas, chega a custar até R$ 540 no varejo. No caso do genérico da Pharlab, ele também deve ser vendido em três dosagens - 30mg, 50mg e 70mg, assim como o produto de referência. O medicamento tem autorização da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) para o tratamento do TDAH desde 2010.
ESTATÍSTICAS NO BRASIL
Segundo dados do Ministério da Saúde (MS), atinge, hoje, cerca de dois milhões de pessoas no Brasil e é caracterizado por hiperatividade, desatenção e impulsividade. A maior incidência, de acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), ainda é em crianças: cerca de 3% a 5% da população mais jovem de todo o mundo. O transtorno neurológico, que afeta o paciente ao longo da vida, incluindo na fase adulta, tem poucos achados na literatura médica e raros dados estatísticos sobre como é ser vivida na maioridade.
Para crianças, existe um consenso médico sobre o que funciona como tratamento: normalmente é a combinação de uso de alopáticos, com a realização de atividades físicas frequentes e acompanhamento de um psicoterapeuta.