Além das doenças de fígado, o álcool pode causar outros problemas de saúde, como gastrite, úlceras e alterações psiquiátricas -  (crédito: Ilustrativa / Shutterstock)

As situações mais comuns são excesso de peso e alterações metabólicas

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Popularmente conhecida como fígado gordo, a esteatose hepática surge como resposta a um excesso de nutrientes na dieta, abuso de álcool e outras situações mais raras de doenças metabólicas de ordem genética. Uma das preocupações, no entanto, é que doença é silenciosa.



“O mais comum é que a doença seja diagnosticada durante a realização de uma ultrassonografia abdominal. O fígado gorduroso tem um aspecto típico ao ultrassom, que pode ser também visto em outros exames, muitas vezes de forma incidental, como tomografia ou ressonância magnética de abdome, ou mesmo por meio de uma biópsia hepática”, comenta Patrícia Marinho, hepatologista do Grupo Fleury, do qual o Laboratório Hermes Pardini, faz parte.

 

 

Nos exames laboratoriais de sangue, os pacientes podem apresentar dosagens de enzimas hepáticas elevadas (aminotransferases), sendo que alguns apresentam alterações nas taxas de gorduras no sangue (dislipidemia) ou no metabolismo da glicose.

 

Além disso, a hepatologista explica que a infiltração gordurosa do fígado (esteatose) pode evoluir para um quadro de inflamação do órgão, igualmente assintomático, que por sua vez pode evoluir para a cirrose, condição que, em fases avançadas, pode causar sintomas como acúmulo de líquidos no abdômen (ascite), hemorragia digestiva alta, que se manifesta clinicamente por vômitos de sangue vivo ou com fezes muito pretas, icterícia e confusão mental (encefalopatia hepática). Nos estágios mais avançados, a doença associa-se a maior risco de tumores no fígado e, eventualmente, o câncer pode ocorrer mesmo em pacientes ainda sem cirrose.

 

Estilo de vida 

 

O tratamento se baseia no conhecimento da causa da esteatose, que pode ser por excesso de peso, alterações nas dosagens de gorduras do sangue ou no metabolismo da glicose; abuso de álcool; e algumas doenças metabólicas mais raras.

 

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“As situações mais comuns são excesso de peso e alterações metabólicas. Nesses casos, a doença tem como principal tratamento uma dieta balanceada e atividade física regular, além de restrição do uso de álcool nos casos pertinentes”, destaca Patrícia.

 

Algumas medicações podem ser utilizadas de forma complementar em casos em que haja inflamação do fígado, após avaliação de um hepatologista. Entretanto, como a grande maioria dos casos está associada ao crescente número de pacientes com sobrepeso ou obesidade, a mudança de estilo de vida é considerada fundamental para a resolução da doença, que está também associada a um maior risco de complicações cardiovasculares.