A calvície tem uma base genética significativa. Se há casos na família, as chances aumentam, mas isso não significa que todos desenvolverão a condição -  (crédito: Freepik)

A calvície tem uma base genética significativa. Se há casos na família, as chances aumentam, mas isso não significa que todos desenvolverão a condição

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Em tempos de celebrações familiares, é comum refletir sobre as muitas características herdadas dos pais. Entre essas heranças genéticas, a calvície, ou alopecia androgênica, pode ser uma das mais preocupantes. Enquanto a cultura popular brinca que "dos carecas elas gostam mais", a verdade é que a perda de cabelo pode afetar significativamente a autoestima, especialmente entre os adolescentes.

A especialista em tricologia e fundadora do Instituto Mariotto Recoder, em Nova Lima, Manuela Recoder, fala sobre a influência da genética na calvície. "A calvície tem uma base genética significativa. Se há casos na família, as chances aumentam, mas isso não significa que todos desenvolverão a condição," esclarece. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), aproximadamente 80% dos homens acima de 80 anos são afetados pela calvície. No entanto, os primeiros sinais podem surgir muito antes, entre os 20 e 30 anos, ou até mesmo na adolescência, começando aos 15 ou 16 anos, quando a puberdade provoca um aumento nos hormônios.

 



Imagine um adolescente de 16 anos percebendo que seu cabelo está ficando mais fino e crescendo mais lentamente. Esse pode ser um indício de calvície precoce. "A perda de cabelo geralmente começa nas entradas, na frente da cabeça, e pode se espalhar para o topo," explica Manuela. O problema está no afinamento progressivo das hastes capilares, que podem eventualmente atrofiar, levando à ausência de novos fios.

Além da genética, outros fatores como hormônios, fumo, consumo de álcool, qualidade do sono, estresse e deficiências vitamínicas também podem afetar a saúde capilar. "Esses elementos podem comprometer a vitalidade dos cabelos," diz Manuela. Por isso, é essencial buscar um diagnóstico profissional ao notar uma queda significativa de cabelo.

 

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Para muitos jovens, a perspectiva de perder cabelo pode ser alarmante. A boa notícia é que existem maneiras de prevenir e tratar a calvície. "Quanto mais cedo o tratamento é iniciado, melhores são os resultados. É importante excluir outras condições que possam imitar a calvície antes de começar qualquer terapêutica," aconselha.

 

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Com a orientação correta e um diagnóstico precoce, é possível manter a saúde dos cabelos e minimizar os impactos da calvície. "Se você notar sinais de perda de cabelo, não hesite em procurar um especialista para obter o tratamento adequado."