O dia 13 de junho é marcado como o Dia Internacional de Conscientização sobre o Albinismo. Pessoas com deficiência ou que não produzem melanina estão altamente expostas à radiação ultravioleta emitida pelo sol e até mesmo lâmpadas fluorescentes. Por isso, protetores solares, óculos escuros e roupas de tecido com trama bem fechada são indispensáveis. Para as pessoas com albinismo ocular, os cuidados vão ainda mais além.
Existem três tipos de albinismo:
1. Parcial: onde a melanina é produzida em algumas partes do corpo
2. Oculocutâneo: o mais comum e afeta o corpo inteiro
3. Ocular: despigmentação atinge apenas os olhos
Caracterizado pela branquitude de pele, cabelos e olhos, o albinismo é uma condição genética hereditária que afeta a formação de melanina. De acordo com dados do Ministério da Saúde, estima-se que 21 mil pessoas no Brasil sejam albinas e a incidência se dá em um a cada 20 mil indivíduos.
De acordo com Márcia Keiko Tabuse, oftalmologista e consultora da HOYA Vision Care, acessórios como chapéus, bonés e sombrinhas não devem faltar no dia-a-dia dessas pessoas. Além disso, a exposição solar precisa ser evitada, quando possível, e optar por atividades ao ar livre no período noturno.
“Por causa da baixa exposição ao sol, a vitamina D muitas vezes precisa ser suplementada. A sua deficiência acarreta em diversos problemas inclusive nos olhos, que podem sofrer algum defeito nas fibras ópticas. É comum que o albinismo ocular venha acompanhado de fotossensibilidade, nistagmo (movimentação rápida e involuntária dos olhos), estrabismo, diminuição da nitidez visual e perda da estereopsia binocular (a capacidade dos dois olhos enxergarem em conjunto uma mesma imagem)”, enumera a especialista.
Os cuidados com o albinismo ocular começam desde cedo: são realizadas avaliações oftalmológicas nos primeiros meses de vida, além de exames e consultas periódicas que ajudam a identificar precocemente as íris translúcidas ou a diminuição da pigmentação da retina; pode ser necessário o uso de lentes corretivas, fisioterapia ocular e intervenções cirúrgicas, em alguns casos.
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Crianças com essa deficiência precisam de orientações diferentes na sala de aula, como material de leitura de alto contraste, textos e planilhas impressas, configurações de ampliação em computadores, entre outros.
"Deste modo, essa abordagem ajuda a superar os atrasos educacionais associados aos déficits visuais. Por ser um distúrbio genético, o albinismo não tem cura. A base do tratamento é a realização contínua de cuidados oftalmológicos e no acompanhamento cutâneo em busca de sinais de anormalidades e prevenção do dano solar”, destaca Márcia.