Pais devem ficar alertas à febre do skincare
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Pais devem ficar alertas à febre do skincare

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Que Barbie, que nada! No Natal do ano passado foram os produtos de skincare que dominaram a lista de presentes das garotas, principalmente entre aquelas com menos de 13 anos. O sonho de consumo era um kit de cuidado com a pele da marca Drunk Elephant, que promete reduzir rugas e linhas de expressão, algo que ainda não é uma preocupação para essas jovens mulheres. Mas então por que esses produtos ganharam tanta notoriedade entre crianças e adolescentes?



Um ponto levantado pela revista Vice é que as embalagens de skincare premium têm um apelo infantil, por conta dos frascos coloridos. Outro motivo seria o marketing de influência.



 

Nascida entre 2010 e 2023, a chamada geração alpha é a primeira a crescer em um mundo digital e, muitas vezes, com acesso não supervisionado às redes sociais. O contato com influenciadores tem culpa nessa obsessão com o skincare. Principalmente ao levantar o tema para os adultos, que acabam influenciando no comportamento de suas crianças. Afinal, que garota nunca quis se arrumar como a mãe?



Além disso, as próprias marcas têm estimulado o consumo entre os jovens clientes. “Sim! Sim! Muitos dos nossos produtos são projetados para todas as peles, incluindo crianças e adolescentes. Primeiro, eu diria para ficar longe dos nossos produtos mais potentes que incluem ácidos e retinol - a pele deles ainda não precisa destes ingredientes”, afirmou a Drunk Elephant, uma das principais marcas, em uma publicação nas redes sociais. A empresa ainda fez uma lista de produtos que seria liberado para todas as idades, chegando a divulgar uma rotina de cuidado com a pele para crianças. 



A maioria dos dermatologistas não vê problema na preocupação com a aparência da pele, estimulando o uso de produtos hipoalergênicos que protegem a barreira da pele e do protetor solar. No entanto, produtos antienvelhecimento, como vitamina C e retinol, podem comprometer a saúde da pele, deixando-a mais sensível e até causando problemas no futuro, como rachaduras e infecções. 



A única exceção apontada pela maioria dos profissionais é o caso da acne, que exige maior cuidado com a pele. No entanto, é preciso receber uma orientação de um dermatologista para saber quais produtos usar e como realizar o tratamento. Isso porque muitos produtos possuem ativos em excesso, que podem ressecar demais a pele, causando erupções e sensibilidade.