O tratamento varia conforme o problema ocular -  (crédito: Freepik)

O tratamento varia conforme o problema ocular

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O final de junho marca o início da estação mais fria do ano. Com o inverno, muitas pessoas começam a perceber mudanças na saúde ocular. As baixas temperaturas e o ar seco podem desencadear uma série de problemas nos olhos, afetando o bem-estar e a qualidade de vida. É essencial estar atento aos sinais e sintomas que surgem durante esse período do ano, bem como conhecer as melhores formas de prevenção e tratamento para manter a saúde ocular em dia.

 

Segundo o médico, preceptor de cirurgia oftalmológica na Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais e diretor da Ampla Oftalmologia, Tiago César, entre as principais condições estão a síndrome do olho seco, a conjuntivite alérgica e as infecções oculares.

 

 

“A síndrome do olho seco ocorre devido à diminuição da produção de lágrimas ou à evaporação excessiva das mesmas, resultando em uma lubrificação inadequada da superfície ocular. Os sintomas incluem ardor, sensação de areia nos olhos, vermelhidão, visão embaçada e, paradoxalmente, lacrimejamento excessivo como resposta reflexa à irritação.”

 

Já a conjuntivite alérgica, de acordo com o oftalmologista, é desencadeada por alérgenos presentes no ar, como poeira e ácaros, que são mais comuns em ambientes fechados e aquecidos. Ela inclui coceira intensa, vermelhidão, lacrimejamento e inchaço das pálpebras.

 

No caso das infecções oculares, como a conjuntivite viral e bacteriana, Tiago explica que elas são mais frequentes no inverno devido à maior proximidade entre as pessoas em ambientes fechados, facilitando a transmissão de agentes infecciosos.

 

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“A conjuntivite viral geralmente apresenta sinais como vermelhidão, lacrimejamento, secreção aquosa e sensação de corpo estranho. Já a conjuntivite bacteriana é caracterizada por secreção purulenta, vermelhidão e inchaço das pálpebras.

 

Tratamento

 

Tiago ressalta que o tratamento varia conforme o problema ocular. Para a síndrome do olho seco, o uso de lágrimas artificiais e, em casos mais graves, é recomendado o uso de  pomadas ou géis lubrificantes. Já a conjuntivite alérgica pode ser tratada com colírios antialérgicos e, em alguns casos, com anti-histamínicos orais. “As infecções oculares requerem avaliação médica para a prescrição de colírios antibióticos no caso da conjuntivite bacteriana, ou colírios antivirais e medidas de suporte para a conjuntivite viral.”

 

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Prevenção

 

Para prevenir esses problemas, o especialista conta que é fundamental adotar medidas simples, como manter a hidratação adequada, utilizar umidificadores de ar e manter os ambientes limpos. “No caso de surgimento de sintomas, o tratamento deve ser iniciado prontamente, com o uso de lágrimas artificiais para o olho seco, colírios antialérgicos para a conjuntivite alérgica e antibióticos ou antivirais para infecções oculares, conforme orientação médica”, indica Tiago.