Pesquisa estima que 45% da população mundial sofre de alguma forma de doença gengival, que pode variar de gengivite leve a periodontite severa -  (crédito: Freepik)

Pesquisa estima que 45% da população mundial sofre de alguma forma de doença gengival, que pode variar de gengivite leve a periodontite severa

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As doenças gengivais afetam milhões de pessoas em todo o mundo e podem evoluir de forma silenciosa, muitas vezes passando despercebidas até que se tornem sérias. Quando não são tomadas medidas preventivas adequadas, problemas na gengiva podem levar a complicações graves, como a perda de dentes e infecções sistêmicas.

 

Pesquisa realizada pela Global Burden of Disease estima que 45% da população mundial sofre de alguma forma de doença gengival, que pode variar de gengivite leve a periodontite severa.

 

De acordo com o especialista em prótese dental, odontopediatria e endodontia, membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, José Todescan Júnior, é essencial estar atento aos sinais precoces de problemas na gengiva. “Gengivas saudáveis são firmes, de cor rosada e não sangram facilmente. Qualquer mudança nessa condição pode ser um indício de que algo está errado”, ensina.

 

 

Entre as doenças gengivais mais comuns estão a gengivite e a periodontite, ambas resultantes do acúmulo de biofilme dental, também conhecido como placa bacteriana, nos dentes. A gengivite, forma mais leve e reversível da doença, pode, em alguns casos, progredir para periodontite se não for tratada, fragilizando os tecidos que sustentam os dentes.

 

Embora o acúmulo de biofilme seja a principal causa de problemas gengivais, existem fatores que podem modificar ou agravar essa condição, como a genética e o tabagismo. “Reconhecer os sinais de alerta e entender a importância da higiene bucal são passos fundamentais para manter as gengivas saudáveis e evitar complicações”, afirma.

 

O especialista elenca cinco sinais clássicos de problemas gengivais e como preveni-los:

Gengivas inflamadas: podem aparecer vermelhas, inchadas e ser sensíveis ao toque

 

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Sangramento durante a escovação ou uso do fio dental: esse sangramento ocorre porque as gengivas estão irritadas e inflamadas devido ao acúmulo de biofilme dental

 

Retração gengival: a retração das gengivas pode ser um sinal ou uma sequela de doença gengival. Esse problema pode levar à sensibilidade dentária e aumentar o risco de cáries e outros problemas

 

Mau hálito persistente: as bactérias que se acumulam na placa bacteriana produzem substâncias que causam odores desagradáveis e persistentes

 

Dentes soltos: pode ser um sinal de periodontite avançada, em que a degeneração dos tecidos de suporte ao redor dos dentes causa mobilidade. A periodontite é uma condição que não tem cura, mas pode ser controlada. Em casos graves, a remoção do dente pode ser necessária

 

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Métodos de prevenção

José Todescan Júnior afirma que a prevenção é a chave para manter as gengivas saudáveis e evitar complicações graves. “A prática de uma higiene bucal adequada é fundamental. Isso inclui escovar os dentes pelo menos três vezes ao dia, usando uma escova de cerdas macias e um creme dental com flúor, além de usar fio dental, escovas interdentais e outros métodos de higiene caseiros para remover a placa que se acumula entre os dentes”, declara.

Consultas regulares ao dentista são essenciais para a detecção precoce de problemas gengivais e a realização de limpezas profissionais, que removem o tártaro e a placa bacteriana. “Investir em uma rotina de cuidados com a boca e seguir as orientações profissionais são passos fundamentais para preservar a saúde das gengivas e garantir um sorriso saudável por mais tempo”.