Após Santa Luzia ter determinado a utilização do equipamento, voltou atrás e manteve a recomendação apenas aos profissionais da saúde
       -  (crédito:  Jair Amaral/EM/D.A Press)

Será que um dia voltaremos àquele cenário de pandemia?

crédito: Jair Amaral/EM/D.A Press

Após a primeira morte confirmada em humanos pelo vírus da gripe aviária (H5N2), em maio, de um homem de 59 anos, no México, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem demonstrado "enorme preocupação" com a crescente propagação das cepas H5N1 e H5N2 da gripe aviária para outras espécies. "Isto continua sendo, acredito, uma enorme preocupação", declarou Jeremy Farrar, diretor científico da agência de saúde da ONU, em uma entrevista coletiva em Genebra.

Segundo o cientista da OMS, a cepa A (H5N1) virou uma "pandemia zoonótica animal global".

 

Para Farrar, a "grande preocupação é que, ao infectar patos e galinhas, e cada vez mais mamíferos, este vírus evolua" e depois desenvolva a "capacidade de passar de humano para humano".

Um caso que gerou preocupação foi o anúncio no início de abril da detecção de um caso de gripe aviária em uma pessoa infectada por uma vaca leiteira no Texas, Estados Unidos.

"Quando chega à população de mamíferos, está se aproximando dos humanos", disse Farrar. "É realmente preocupante."

O diretor da divisão científica da ONU pediu o reforço da vigilância e dos registros. Ele explicou que é muito importante saber quantas infecções acontecem entre humanos, pois é neste espaço que pode acontecer uma adaptação do vírus.

"É uma coisa trágica de dizer, mas se eu for infectado com H5N1 e morrer, este é o fim do caso. Se eu circular pela comunidade e infectar outra pessoa, então começa o ciclo", destacou.

Farrar mencionou esforços para desenvolver vacinas e tratamentos contra o H5N1 e ressaltou a necessidade de garantir que as autoridades de saúde regionais e nacionais de todo o mundo tenham a capacidade de fazer o diagnóstico.