Muitos atletas têm utilizado o tratamento com ozônio em caso de doenças, dores, imunidade e no tratamento de fibromialgia. Na verdade, não somente quem atua na área esportiva, mas o cidadão comum começa a aderir à técnica, que tem o objetivo de melhorar a oxigenação dos tecidos e também fortalecer o sistema imunológico por meio de mecanismos celulares em resposta a um estresse oxidativo.

 

Porém, uma antiga vilã de muitos brasileiros passa a ser alvo do ozônio: a caspa (dermatite seborreica).

 



“Precisamos entender que a ozonioterapia combate inflamações e muitos casos de queda capilar está relacionada a isso. Dessa maneira, justificando a eficácia do tratamento em mais de 90% dos casos”, esclarece Cibele Luziê, responsável pela Clínica Fio Terapia Capilar.

 

 

Com mais de 4 mil pessoas tratadas, ela garante que a prática chega como forte aliada para quem sofre com descamação no couro cabeludo. “As doses devem ser cuidadosamente monitoradas para garantir que não sejam excessivas ou irrisórias. Não há efeitos colaterais, pois, em geral, o ozônio é uma substância natural que é produzida pelo corpo humano e também é encontrado na natureza”, explica.

 

 

De acordo com Cibele Luziê, o tratamento estimula a regeneração celular, melhora a circulação sanguínea, combate a inflamação, fundamental para a saúde do couro cabeludo. “A principal dica é começar as sessões já aos primeiros sinais de descamação e/ou coceira”, finaliza a especialista.

Terapias com ozônio

Recentemente, a terapia realizada com ozônio ganhou interesse popular e midiático, surgindo como um método complementar a diversos tratamentos. No entanto, é importante destacar que o uso ainda é bastante controverso no Brasil e no mundo. Isso porque os seus possíveis benefícios ainda precisam de comprovação científica.

Há ainda o risco de provocar efeitos colaterais e problemas de saúde – principalmente se a técnica for administrada de forma inadequada e por profissionais sem experiência.

O uso da ozonioterapia é bastante antigo: há relatos de que o gás ozônio, descoberto em 1840, tenha sido usado por soldados alemães para tratar feridas durante a Primeira Guerra Mundial.

A técnica evoluiu bastante e a forma que é utilizada hoje teve início em meados da década de 1940. No Brasil, a ozonioterapia surgiu por volta de 1980, ainda de forma experimental.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica o ozônio como “um gás com forte poder oxidante e bactericida”. A Agência publicou, em agosto passado, um comunicado em que ratifica que os equipamentos que utilizam a ozonioterapia, aprovados pela entidade, somente têm indicações de uso para tratamento da cárie; periodontia; endodontia; cirurgia odontológica, além da aplicação estética para auxílio à limpeza e assepsia de pele.

O comunicado informa ainda que para outras indicações médicas no Brasil não foram comprovadas evidências científicas sobre sua eficácia e segurança. Apesar disso, novos empregos da técnica poderão ser aprovados pela agência.

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