A recidiva tumoral consiste no retorno da doença que pode ser no órgão de origem do câncer, nos gânglios que drenam aquela região ou através do sangue para órgãos distantes, como: pulmão, cérebro, osso, etc.


Os principais fatores de risco para o retorno de uma doença oncológica é o estadiamento (carga tumoral) no qual ele foi diagnosticado. Segundo o oncologista e mestre e PhD em Oncologia, Wesley Pereira Andrade, se o tumor for diagnosticado na fase inicial há um baixíssimo risco. No entanto, de acordo com o especialista, se o tumor for diagnosticado na fase avançada, o risco é muito alto.


Na visão do oncologista, nem todos os pacientes têm acesso aos melhores tratamentos e existe uma distinção do que o paciente tem acesso na linha privada, via convênio, e na linha pública, que é mais restrita.

 




Há também os hábitos de vida. Por exemplo, se o paciente teve um câncer de pulmão, relacionado ao tabaco, fez o tratamento, mas continuou fumando, é natural que haja o aumento no risco de um outro câncer relacionado. "Uma mulher que teve um câncer de mama, tratou-o, mas continua obesa, sedentária e se alimentando mal… esses são fatores de risco para o retorno da doença. Então, em relação às chances de cura, uma parte vem do médico, vem da medicina; outra parte vem do paciente, que precisa ser extremamente proativo na perspectiva de mudar os seus hábitos de vida”, adverte.


Quimio e Radio


No que se refere ao uso de quimioterapia e radioterapia e a realização de cirurgia, o especialista explica que, toda vez que o tratamento é “sub efetivo”, ou seja, a cirurgia foi “sub ótima”, o tratamento com medicamentos não foi realizado da forma ideal, e a radioterapia não foi feita de forma adequada, ou seja, tudo foi realizado no modo “sub ideal” as chances de reincidência aumentam.

 

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Tudo isso tem a ver com a questão da qualidade do tratamento e isso realmente tem impacto no risco de o câncer voltar. Existem vários trabalhos hoje que colocam como um dos principais fatores de qualidade de tratamento oncológico a qualidade da cirurgia. "Quanto maior a expertise do médico, maiores são as chances de cura desse paciente. Então, a cirurgia tem um impacto gigantesco na qualidade do tratamento e nas chances de cura do paciente”, comenta.


Genes


Conforme a opinião de Wesley, a genética pode aumentar o risco de um segundo tumor primário. “Quem tem uma mutação genética como do gene BRCA1, por exemplo, e tratou um câncer de mama em uma mama e não fez uma cirurgia preventiva, ele tem uma maior chance de ter um segundo primário na outra mama. Não é que o câncer inicial voltou. Essa mutação genética aumentou a chance de ela ter um segundo câncer primário. Então, as doenças genéticas predispõem a ter mais cânceres, que chamamos de segundos primários, no mesmo órgão e em outro órgão”.


Hábitos ruins


Os hábitos de vida são fatores primordiais na redução de risco.

  • Parar de beber para os cânceres relacionados ao álcool
  • Parar de fumar para os cânceres relacionados ao tabaco
  • Manter-se magro
  • Praticar atividades físicas
  • Comer alimentos não ultraprocessados, ou seja, alimentos mais na linha natural e orgânica
  • Combater fortemente a obesidade

Essas são estratégias extremamente importantes para todos os tipos de cânceres. Isso tem impacto gigantesco nas chances de uma não-reincidência do câncer.

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