CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) - Uma nova molécula desenvolvida pelo Grupo L'Oreal visa clarear manchas de forma localizada, sem mudar o tom da pele. Batizada de Melasyl, foi desenvolvida para atuar contra hiperpigmentação, como manchas senis, marcas pós-acne e melasma.
Um levantamento feito pela empresa mostrou que a prevalência de desordens pigmentares no Brasil é de 62%, o que refletiria a diversidade dos diferentes fototipos do país. O estudo, que aguarda publicação, analisou amostras de 48 mil pessoas em 34 países.
A profissional afirma que o tratamento com a substância atua na "hiperpigmentação pós-inflamatória, melasma e mancha solar não são genéticos, mas influenciados pela cor da pele e exposição ao sol".
Peggy Sextius, pesquisadora especializada em biologia da pele e distúrbios pigmentares da L?Oreal, explica que após encontrar a primeira molécula, foi necessário modificá-la quimicamente para melhorar suas propriedades, como eficácia, segurança e capacidade de penetração na pele.
A empresa realizou testes laboratoriais para garantir bom desempenho do ativo no organismo e segurança para uso.
Uma das manchas alvo é o melasma, condição na qual a pele aumenta a produção de melanina para se proteger de inflamações causadas por atores como radiação ultravioleta, alterações hormonais, predisposição genética, poluição e doenças inflamatórias da pele.
Além do Grupo L'Oreal, outras empresas também atuam com produtos que visam clarear manchas, especialmente o melasma. A Isdin, marca espanhola de dermocosmeticos, trabalha com ácido tranexâmico, salicílico, mandélico e fítico para reduzir hiperpigmentações e limitar o surgimento de novas manchas. Esses compostos inibem a tirosinase, enzima que atua na produção de melanina.
Em 2023, a empresa lançou o Sérum Facial Clareador Melaclear Advanced, que tem como clarear manchas em todos os tipos de pele. Estudos patrocinados pela marca afirmaram que o produto pode reduzir manchas visivelmente em três meses.
A dermatologista Carla Albuquerque, membro titular da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), afirma que o tratamento de melasma é complexo, e, por isso, é recomendado fazer acompanhamento médico.
"Existem pequenos detalhes e particularidades que podem fazer diferença. Mesmo sendo ativos mais tranquilos, entre aspas, talvez se a pessoa fizer a automedicação ela não vai ter o mesmo resultado do que se fizesse com uma prescrição médica", diz ela.
Os ativos mais usados, segundo a dermatologista, são o thiamidol, a niacinamida e o ácido tranexâmico, que irritam menos a pele se comparados com tratamentos antigos, como a hidroquinona. Nos casos de melasma resistente, pode haver indicação de ácido tranexâmico oral.
A dermatologista Ligia Novais, especialista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), afirma que quanto antes iniciado o tratamento para este tipo de mancha, melhor o resultado.
A médica afirma que os ativos indicados para o tratamento "desempenham ação clareadora e oferecem luminosidade à pele", garantindo que o funcionamento celular seja correto, "impedindo o aumento das manchas e regulando a saúde da região que teve uma maior pigmentação."