Quedas, queimaduras, intoxicações e choques elétricos são considerados os acidentes domésticos mais recorrentes e os principais casos de internação de crianças de 0 a 14 anos no país, conforme a ONG Criança Segura. Tais episódios tendem a ser mais frequentes nas férias escolares, devido ao tempo maior em casa, e são ocasionados por diferentes eventos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as quedas costumam ocorrer devido a escorregões, tropeços ou passos em falso de escadas, da cama, de árvores ou mobílias, em parques; as queimaduras são comumente causadas por líquidos e objetos quentes, como panela e ferro de passar roupa, substâncias químicas e exposição excessiva ao sol; as intoxicações acontecem por ingestão de medicamentos, produtos químicos e plantas tóxicas; e os choques se devem, principalmente, pelo acesso a tomadas.
A enfermeira Josei Karly Motta, coordenadora do curso de enfermagem da Estácio BH, alerta os pais para que tomem medidas que minimizem a ocorrência de Sociedade Brasileira de Pediatria. “A curiosidade faz parte do desenvolvimento infantil, mas a falta de experiência e conhecimento acabam expondo os pequenos a riscos, portanto os pais devem supervisionar seus filhos e adotar medidas para a prevenção de perigos que mudam conforme a faixa etária".
Ela indica ainda que os pais guardem em em armários trancados, locais distantes do olhar e alcance dos filhos, medicamentos, produtos de limpeza e objetos perfurocortantes. Além disso, é importante manter as portas do banheiro e da casa sempre fechadas e sem a chave na fechadura. "Utilize protetor de tomadas e trava de portas e gavetas”, recomenda.
Josei acrescenta outros cuidados importantes:
- Instale grades de proteção em janelas, varandas e escadas
- Mantenha os móveis distantes das janelas
- Cozinhe com os cabos das panelas virados para dentro do fogão
- Invista em portões de restrição de acesso a áreas como piscinas
Em caso de acidente doméstico, a enfermeira lembra que noções básicas de primeiros socorros auxiliam até a chegada ao pronto-socorro. “Se for uma queimadura leve, lave a região com água corrente e jamais tente furar bolhas. Se for uma queimadura severa, busque atendimento médico imediatamente”, recomenda.
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Em relação à intoxicação, o primeiro passo é identificar a substância, dose ingerida e o horário da ingestão e ligar para o SAMU (192) ou para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox/MG – (31) 3239-9308), que dará as orientações necessárias. "Não dê por conta própria nenhum medicamento ou alimento para cortar o efeito, nem tente induzir o vômito até que a criança ou adolescente receba atendimento médico", destaca.
* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.