Se a queda de cabelo já é uma realidade para muitas pessoas durante todo o ano, a chegada do frio tende a fazer com que esse risco seja ainda maior. As baixas temperaturas, aliadas à queda da umidade, têm impacto direto na saúde dos fios e das raízes capilares. O alerta é da médica e especialista em cirurgia de transplante capilar Melina Oliveira.
Ela explica que existem fatores externos e comportamentais que justificam os efeitos das baixas temperaturas sobre o couro cabeludo. “Do ponto de vista externo, os fatores temperatura e umidade fogem do nosso alcance. Isso provoca um ressecamento dos fios, tornando-os mais quebradiços e frágeis. Por isso, não é uma situação exclusiva para quem já sofre com a queda de cabelo”, explica.
O problema, segundo ela, é que mesmo diante disso muitas pessoas mantêm os mesmos hábitos para esse período do ano. “Tudo começa nos banhos diários. Entendo que o frio nos convida a tomar banhos mais quentes, mas evitar submeter o cabelo a um longo tempo debaixo da água quente já ajuda bastante. Outra coisa é evitar usar bonés ou gorros por muito tempo, pois isso pode acabar abafando o couro cabeludo e ajudando a enfraquecer as raízes e desencadear as caspas”, comenta.
Além disso, a especialista recomenda que as pessoas mantenham a hidratação em dia e o consumo de alimentos saudáveis, ricos em vitaminas do complexo B, ácido fólico e em sintetizadores de queratina. “Beber muita água e ter uma alimentação adequada têm impacto positivo para todo o organismo, e isso inclui, é claro, a saúde do couro cabeludo. As raízes devem ser bastante preservadas nessa época do ano, e é fundamental que isso seja feito todos os dias”, adverte.
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“Por mais que o frio não seja algo que consigamos controlar no nosso dia a dia, os efeitos mais diretos estão mesmo na parte comportamental. Se um indivíduo, principalmente aquele que já tem tendência de queda de cabelo, mantiver uma rotina saudável para os fios, a chance de preservá-los numa época em que há maior tendência de queda será bem maior. Evitar o uso de xampus mais agressivos e tratamentos capilares com muita química, e abrir mão de usar o secador muito quente, por muito tempo e com grande frequência, além de dormir com a cabeça úmida, são alguns desses caminhos”, sugere.
Melina Oliveira adverte que os cuidados também valem para outros perfis de pessoas, mesmo para aquelas que não sofrem com queda de cabelo. “Já há uma tendência natural de perceber a perda dos fios. Então são práticas que devem ser adotadas por todo mundo, pensando não apenas na saúde dos fios, mas de todo o organismo em si. E, de forma individual, também para quem passou por um procedimento de transplante capilar”, pontua.