Rede Minas muda programação e medida causa repercussão -  (crédito: Quinho)

Inclui-se o consumo excessivo de redes sociais, programas de TV de baixa qualidade, fofocas, memes e outros tipos de entretenimento

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Definido como um consumo excessivo de conteúdos fúteis ou de baixa qualidade nas redes sociais, o termo "brainrot" surgiu pela primeira vez em 2007 como uma brincadeira para ilustrar aqueles que consumiam apenas esses tipos de mídia - resultando em uma espécie de "podridão cerebral". Mais de 15 anos depois, o comportamento é tema de pesquisas e estudos. 

 

De acordo com a especialista em comportamento humano, Gisele Hedler, esse consumo "fútil" pode prejudicar a capacidade mental. "Isso pode levar a uma diminuição da capacidade de concentração, pensamento crítico e criatividade. E torna-se ainda mais preocupante em uma sociedade onde crianças, cada vez mais novas, tem acesso ilimitado à internet na palma das mãos", alerta. 

 

 

Gisele enumera alguns tipos de programas e conteúdos que podemos gerar consequências se assistidos ou lidos com muita frequência. “No 'brainrot' podemos incluir o consumo excessivo de redes sociais, programas de TV de baixa qualidade, fofocas, memes e outros tipos de entretenimento que não oferecem valor educacional ou cultural significativo”, afirma.

 

Por isso, a especialista explica que para se livrar do "brainrot", é preciso adotar hábitos mais saudáveis e equilibrados no uso da mídia e claro, orienta aos pais que monitorem seus filhos no uso de dispositivos eletrônicos. Confira algumas dicas: 


1. Estabeleça limites de tempo


Gisele orienta que o primeiro passo é fazer um detox de redes sociais, televisão e outros conteúdos considerados fúteis e estabelecer um limite de tempo. Ela sugere também utilizar aplicativos de monitoramento de tempo de tela para ajudar a manter esses limites.


2. Priorize conteúdos de qualidade


“Substitua parte do tempo gasto com conteúdos fúteis por materiais mais enriquecedores, como livros, documentários, podcasts educativos e artigos de interesse. Além disso, escolha programas de TV e filmes que tenham valor cultural, educativo ou artístico”, pontua a especialista.


3. Desenvolva novos hobbies


Encontre novas atividades que você goste e que possam substituir o tempo gasto em conteúdos de baixa qualidade, como esportes, arte, como dança, pintura, música, ou aprenda uma nova habilidade.

 

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4. Pratique mindfulness e meditação


Segundo Gisele, praticar mindfulness e meditação pode ajudar a melhorar a capacidade de concentração e reduzir o desejo por distrações fúteis. Existem aplicativos que podem ser úteis para começar essa trajetória de meditação.


5. Crie um ambiente sem distrações


“Tente reduzir as distrações ao seu redor. Por exemplo, enquanto você trabalha ou estuda, deixe o celular em outro cômodo e desative notificações desnecessárias”.


6. Tenha rotinas diárias


A especialista também recomenda criar uma rotina diária que inclua tempo para trabalho, estudo, exercícios, socialização e relaxamento. “Planejar atividades específicas para evitar cair na tentação de consumir conteúdos fúteis por inércia é uma boa dica”.