O objetivo do levantamento é incentivar a discussão e colaborar para que o fato de as mulheres sentirem prazer no sexo seja naturalizado -  (crédito: Freepik)

O objetivo do levantamento é incentivar a discussão e colaborar para que o fato de as mulheres sentirem prazer no sexo seja naturalizado

crédito: Freepik

Com a intenção de promover a discussão e conscientização sobre a importância da satisfação sexual e a saúde sexual em geral, é comemorado nesta quarta-feira (31) o Dia Mundial do Orgasmo. A data foi instituída por uma rede de sex shops britânica, em 1999 e, desde então, vem ganhando popularidade em vários países, incluindo o Brasil. Nestes 25 anos, o tema ganhou pesquisas e estudos sobre a sexualidade mundo afora. 

 

A ginecologista Jainara Morari da Clínica Chociai explica que nos relacionamentos, a busca e o compartilhamento do prazer sexual podem fortalecer os laços entre parceiros, aumentando a intimidade e a confiança mútua. "Entender e conhecer o próprio corpo e suas respostas ao prazer é fundamental para uma vida sexual saudável e satisfatória". 

 

E, apesar de sua importância, o orgasmo ainda é um tema cercado de tabus e desinformação. Muitas pessoas - especialmente as mulheres - enfrentam dificuldades para atingir o orgasmo devido a fatores como falta de conhecimento, inibição ou problemas de saúde.

 

 

"A cada orgasmo há um fortalecimento do assoalho pélvico, devido às contrações involuntárias que ocorrem nesse momento. E o contrário também é verdadeiro, a qualidade da musculatura do assoalho pélvico está associado à maior facilidade em atingir orgasmo", explica Jainara. "E como a mulher atinge o orgasmo? A partir da estimulação do clitóris - o órgão exclusivo do prazer - seu corpo se estende para dentro e para as laterais da vulva, na entrada do canal vaginal, rodeado pela musculatura perineal", acrescenta.

 

A profissional lembra que eventuais distúrbios sexuais estão associados a sintomas do trato geniturinário. Mais de 40% das mulheres com infecções urinárias recorrentes, incontinência ou prolapso uretral apresentam uma deterioração em sua vida sexual. "Isso acontece porque as alterações urogenitais costumam causar baixa libido, secura vaginal e diminuição da taxa e intensidade dos orgasmos", segundo a ginecologista.

 

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Conversar abertamente com os parceiros sobre suas necessidades e desejos sexuais é uma boa oportunidade para educar e informar sobre a saúde sexual, desmistificando crenças e incentivando uma atitude positiva e aberta em relação à sexualidade. E o Dia do Orgasmo pode servir de motivação. "É um momento para discutir abertamente sobre a importância de uma vida sexual plena, bem como para abordar questões de disfunção sexual e buscar ajuda profissional quando necessário", recomenda Jainara.