Estudo detectou presença do vírus da covid-19 em gambás  -  (crédito: Joseph Hoyt/Virginia Tech)

Estudo detectou presença do vírus da covid-19 em gambás

crédito: Joseph Hoyt/Virginia Tech

Pesquisadores da Universidade Estadual da Virgínia detectaram a presença do vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, em seis espécies comuns em quintais de casas. O estudo confirmou a existência de mutações virais semelhantes às que circulavam entre humanos nesses animais, o que indica a possibilidade de transmissão de pessoas para animais.

O estudo foi publicado nesta segunda-feira (29/7) na Nature Communications.Pesquisadores da Universidade Estadual da Virgínia detectaram a presença do vírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, em seis espécies comuns em quintais de casas. O estudo confirmou a existência de mutações virais semelhantes às que circulavam entre humanos nesses animais, o que indica a possibilidade de transmissão de pessoas para animais. O estudo foi publicado nesta segunda-feira (29/7) na Nature Communications.

“O vírus pode saltar de humanos para a vida selvagem quando estamos em contato com eles, como um caroneiro trocando de carona para um novo hospedeiro mais adequado”, destaca Carla Finkielstein, professora de ciências biológicas no Fralin Biomedical Research Institute, da Virginia Tech, e uma das autoras correspondentes do artigo. “O vírus visa infectar mais humanos, mas as vacinas protegem muitos humanos. Então, o vírus se volta para os animais, adaptando-se e sofrendo mutações para prosperar nos novos hospedeiros.”

 

 

A incidência do vírus foi encontrada em animais próximos a áreas de caminhada e áreas públicas com alto tráfego de pessoas. As espécies em que o SARS-CoV-2 foi detectado foram os camundongos veados, gambás da Virgínia, guaxinins, marmotas, coelhos de cauda de algodão do leste e morcegos vermelhos do leste. Para a pesquisa, a equipe coletou 728 swabs nasais e orais de diferentes espécies, além de 126 amostras de sangue de seis espécies.

 

 

Os cientistas destacam que não foram encontrados indícios de que animais possam passar o vírus para humanos e que as pessoas não devem temer o contato com a vida selvagem.