Obesidade é considerada um dos maiores desafios da saúde pública pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Trata-se de uma doença crônica, progressiva e com impacto epidêmico global. No Brasil, uma pesquisa revelou que dentro de seis anos, 68% da população poderá estar com excesso de peso e 26% poderá ser considerada obesa. Esses dados emergem do estudo "A Epidemia de Obesidade e as DCNT – Causas, custos e sobrecarga no SUS", realizado por uma equipe de 17 pesquisadores de diversas universidades brasileiras e uma chilena.

 



Os números revelam um cenário preocupante para a saúde dos brasileiros. Segundo o estudo, sete em cada dez pessoas poderão estar com sobrepeso e uma em cada quatro será obesa. Diante desse cenário, uma alternativa promissora que vem ganhando destaque é o balão intragástrico, um método não cirúrgico indicado para o tratamento do sobrepeso e da obesidade. É o que explica Leonardo Salles, médico e presidente do Instituto Mineiro de Obesidade (IMO).

“O balão é inserido vazio através da boca e preenchido com uma solução salina dentro do estômago. Quando já colocada a prótese, que é feita de silicone, ela ocupa o espaço do alimento e diminui a velocidade de passagem pelo órgão do sistema digestório, permitindo que a pessoa submetida ao tratamento tenha mais saciedade por um período muito maior, mesmo comendo pouco”, explica Leonardo Salles.

 

Opção segura

 

 

Leonardo Salles, médico e presidente do Instituto Mineiro de Obesidade, explica que o balão intragástrico ganhou destaque no tratamento do sobrepeso e da obesidade

Arquivo Pessoal



O procedimento tem se mostrado uma solução para muitos pacientes que procuram uma abordagem menos invasiva em comparação com as cirurgias bariátricas tradicionais. “Além de ser uma opção segura, é reversível e tem demonstrado resultados positivos na perda de peso. O balão deve permanecer no estômago no período de seis a 12 meses, dependendo da necessidade de cada paciente. Dentro de um ano, há uma projeção de queda em torno de 20% a 30% do peso”, analisa o médico do Hospital IMO.

Diante das projeções para 2030, o especialista aponta que a adoção de uma abordagem multidisciplinar, combinando o uso do balão intragástrico com mudanças no estilo de vida, é fundamental para o sucesso do tratamento. “Isso inclui a implementação de dietas balanceadas, programas de exercícios físicos e suporte psicológico, garantindo que o paciente mantenha os resultados a longo prazo”, finaliza.






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