Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que 46% dos homens com mais de 40 anos só procuram suporte médico quando apresentam algum sintoma. O número aumenta para 58% quando esse público utiliza apenas o Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Para garantir uma boa saúde, a consulta médica deve ser inserida na rotina da população masculina. O urologista do Hospital Vila da Serra e presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, seção Minas Gerais, Rafael Jacob, explica que, além da avaliação prostática, também é possível diagnosticar outras doenças comuns nesse público, como hipertensão arterial, dislipidemia (aumento de colesterol), e diabetes.

 



 

“Conforme a população masculina envelhece, é fundamental adotar algumas medidas preventivas, como a vacinação contra o herpes-zóster, que pode ter consequências importantes na qualidade de vida dos pacientes acometidos. Outra questão é a avaliação hormonal como dosagem de testosterona e a saúde óssea. Essa é uma ótima oportunidade de avaliar a saúde de forma global”, explica o urologista.

 

Leia: Dia do Orgasmo: atividade física melhora performance na hora H

 

Para manter o bem-estar, Rafael Jacob ratifica que a receita é a mesma para homens e mulheres. “Medidas gerais de qualidade de vida, como realizar atividades físicas regularmente, pelo menos três vezes por semana, manter o peso adequado, melhorar o convívio interpessoal e valorizar momentos com a família, ajudam na construção de uma saúde mental e física”, coloca.

 

Principais doenças masculinas

 

Na parte urológica, as doenças mais comuns são as disfunções miccionais, muitas vezes causadas pelo aumento prostático benigno. “A disfunção erétil pode acometer em algum grau, de leve a severa, até 50% dos homens”, ressalta o médico.

 

Os cálculos renais também são mais incidentes na população masculina. O especialista reforça que o câncer de próstata, segundo mais comum no homem, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma, é um ponto de atenção. Em Minas Gerais, o câncer de próstata acometeu 6.742 pessoas no ano passado, o maior número desde 2019, segundo o INCA. A tendência é de alta nos casos e, a cada ano entre 2023 e 2025, são esperados 71.730 novos diagnósticos – sendo 7.970 deles em Minas, o segundo estado com mais casos prováveis.

 

Leia: Pesquisa: cinco pessoas perdem a vida por minuto por erro médico no Brasil

 

Cuidar da saúde masculina envolve uma série de práticas importantes que podem promover o bem-estar geral. Além disso, através dos exames de rotina, é possível diagnosticar doenças em estágio inicial, aumentando as chances de cura. “Envelhecer com vitalidade é benéfico tanto para os próprios homens quanto para os seus entes queridos, familiares e amigos, que se importam e desejam seu bem-estar”, aponta o especialista.


compartilhe