Dor insistente no ombro que não vai embora; ou, pior ainda, movimentos cada vez mais limitados, como se o ombro estivesse congelado. Todos são sintomas da capsulite adesiva, ou ombro congelado, condição que afeta muitas pessoas, especialmente aquelas entre 40 e 60 anos. E, apesar de ser comum, muitos desconhecem seus sinais, causas e, o mais importante: como evitá-la.



O ortopedista e médico do esporte Wander Ama explica que os primeiros sinais da condição são dor persistente no ombro e rigidez que dificulta os movimentos normais. “Essa dor pode irradiar para o braço e a redução progressiva da amplitude de movimento é um dos sinais mais evidentes do ombro congelado”, conta.



A dica, segundo Wander, é: não ignore os sintomas. Ele destaca que o diagnóstico dessa condição começa com uma avaliação completa do histórico médico do paciente e um exame físico detalhado. “Testamos a mobilidade e a força do ombro, e utilizamos exames de imagem, como ressonância magnética e ultrassonografia, para avaliar a estrutura interna do ombro. Não ignore esses sintomas. Procurar ajuda médica cedo pode fazer toda a diferença”, recomenda o ortopedista.

 

 




Mas afinal, por que isso acontece? Quais são as causas e os fatores de risco? As razões, segundo o ortopedista, são variadas e vão desde a imobilização prolongada após cirurgias ou lesões até doenças sistêmicas. “Pacientes com diabete têm um risco significativamente maior de desenvolver ombro congelado”, destaca o profissional. Outras condições endócrinas e metabólicas, como hipertireoidismo e hipotireoidismo, bem como o sedentarismo, também são fatores de risco para a condição física.



Tratamento



Existem várias opções de tratamento para quem sofre de ombro congelado. Inicialmente, medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios são recomendados para aliviar a dor, e injeções de corticosteroides podem ser uma boa solução, mas a chave para a recuperação está na fisioterapia. 

 

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Exercícios de alongamento e técnicas de mobilização, por exemplo, ajudam a restaurar a amplitude de movimento. “A adesão ao tratamento fisioterapêutico é fundamental para o sucesso da recuperação”, afirma o especialista. Outras opções incluem a aplicação de compressas quentes e fria, além de intervenções médicas mais específicas. Em casos mais graves, a cirurgia pode ser necessária.



Para evitar que o ombro congelado se torne parte rotina, Wander separou algumas dicas valiosas, confira:

 

  • Manter a atividade física regular 
  • Exercícios específicos para os ombros
  • Cuidar adequadamente de lesões no ombro 
  • Gerir doenças crônicas como o diabete
  • Ergonomia no local de trabalho - ajustar a postura para evitar sobrecarregar o ombro

 

“Movimentar o ombro gentilmente sempre que possível e praticar técnicas de relaxamento, como yoga ou meditação, pode ajudar a prevenir essa condição”, aconselha. Evitar a imobilização prolongada é outra medida importante, então a dica de ouro é: mover-se sempre que possível. “Reconhecer os fatores de risco e procurar orientação médica pode ajudar na prevenção e manejo eficaz”, acrescenta. 

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