"Quantos quilos você pega no supino?". Quem pratica ou já praticou musculação sabe que essa é uma das perguntas mais presentes nas academias. Mas qual a razão de tamanha popularidade deste exercício? De acordo com os especialistas, a resposta é simples: pela sua efetividade comprovada no trabalho dos músculos da região do peitoral.
Seja em análises eletromiográficas, que medem os sinais de ativação e intensidade provocados pelo exercício no músculo, seja na prática do dia a dia, pesquisadores e profissionais apontam as diversas variações do supino como uma das mais efetivas para o desenvolvimento das diferentes porções da musculatura do peito.
De acordo com o treinador da Smart Fit, Bruno Silva, porém, o fato do supino ser unanimidade entre acadêmicos e treinadores não significa um passe livre para que praticantes o incluam em suas séries sem a devida orientação profissional. Isso porque algumas variações deste exercício exigem bastante de estruturas sensíveis a lesões articulares.
"Existem diversas variações de angulação para o supino e, diga-se, elas são muito interessantes. O que precisa levar em consideração é o tempo e nível de treinamento do praticante, já que algumas variações provocam estresse na articulação do ombro", afirma Bruno Silva, complementando que, no caso e iniciantes, o tradicional supino reto é a melhor escolha, já que apresenta ótimos resultados e tende a minimizar os riscos de lesões.
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Além das variações de ângulos, que incluem as execuções nos bancos inclinado e declinado, o supino ainda permite diferentes formas de realização no que diz respeito à ferramenta utilizada. O treinador explica cada uma delas e suas diferentes ênfases:
- Barra: exige bastante das estruturas estabilizadoras e, além do peitoral e do ombro, ativa significativamente a musculatura do tríceps
- Halteres: também exige das estruturas estabilizadoras e tem como um de seus principais benefícios a possibilidade de trabalhar maiores amplitudes de movimento, algo que exige experiência do praticante
- Máquina: diminui a pressão sobre as articulações e músculos auxiliares. Por isso, exige menos esforço de quem executa, algo que, com boa orientação, pode ser compensado por um acréscimo de carga
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Segundo Bruno Silva, a quantidade de formas diferentes de executar o supino permite, até mesmo, que um bom treino de peito seja realizado apenas explorando as variáveis do exercício. "Para que isso aconteça de maneira segura, no entanto, é preciso observar não só o ponto que já mencionei sobre o nível de treinamento do aluno, mas também sua tolerância à fadiga", recomenda.