Ilustração próstata -  (crédito: Science Photo Library / Getty Images)

Aumento da frequência de urinar durante o dia, diminuição da força e calibre do jato urinário são alguns dos sintomas da condição

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Uma pesquisa revela que 60% dos homens com mais de 50 anos acreditam, erroneamente, que o aumento benigno da próstata pode evoluir para câncer. Os dados estão em um estudo desenvolvido pela indústria farmacêutica Apsen, com chancela das sociedades brasileiras de Urologia do Rio de Janeiro e de São Paulo (SBU-RJ e SBU-SP).


O levantamento faz parte da série de ações promovidas pela farmacêutica nacional, por meio da campanha FelizIdade, que pretende garantir acesso à informação de qualidade, conscientizar a população sobre a hiperplasia prostática benigna (HPB) e promover ações que incentivem os homens a investigarem possíveis sintomas.


Mesmo sendo um dos tipos de câncer mais frequente entre homens, a incidência do câncer de próstata é muito menor quando comparada aos números da hiperplasia prostática benigna. "Enquanto o Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta 10,2% de ocorrência do câncer de próstata, temos a HPB como uma condição comum, que afeta cerca de 50% dos homens acima de 50 anos”, ressalta Mauro Muniz, urologista e diretor-presidente da SBU-RJ.

 


A pesquisa, que ouviu 500 homens de 50 anos ou mais, em todo território nacional, também apontou que apenas 39% dos respondentes com mais de 50 anos realizaram exames para detectar o aumento da próstata no último ano, com preocupantes 36% nunca terem feito o exame. A situação é mais preocupante na classe C: quatro em cada 10 homens nunca realizaram estes exames – toque retal, PSA ou ultrassonografia.

 


Outro ponto que merece destaque é a significativa parcela de homens que, apesar de conhecerem os exames preventivos e seus benefícios, ainda não os realizam com a regularidade necessária. O exame de toque retal, fundamental para o diagnóstico precoce, é conhecido por 80% dos participantes, mas realizado por menos da metade destes, evidenciando a influência de barreiras como tabu e preconceito.

 

A conscientização sobre a HPB é essencial para garantir que mais homens procurem diagnóstico e tratamento precoce. Nesse sentido, a Apsen tem desempenhado um papel importante por meio da campanha FelizIdade. Desenvolvida com o apoio da SBU-SP, SBU-RJ e da Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), a campanha unirá mais de 3000 farmácias de todo o Brasil, visando disseminar informações sobre a HPB e promover exames preventivos disponibilizados gratuitamente.


O que é HPB?


A hiperplasia prostática benigna (HPB) é o aumento benigno da próstata. A causa exata é desconhecida, mas pode envolver alterações causadas por hormônios, incluindo a testosterona. Outros fatores podem estar envolvidos, como idade, histórico familiar e alterações genéticas. Os sintomas incluem aumento da frequência de urinar durante o dia, diminuição da força e calibre do jato urinário, dificuldade para iniciar a micção, sensação de urgência para urinar.


A HPB é uma condição comum, que afeta cerca de 50% dos homens acima de 50 anos e 80% daqueles acima de 90 anos. Os principais sintomas são:

 

  • Necessidade urgente de urinar
  • Aumento da frequência urinária, especialmente à noite
  • Dificuldade para iniciar a micção
  • Fluxo urinário fraco ou interrompido
  • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga


Diagnóstico e tratamento


O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para gerenciar os sintomas e prevenir complicações relacionadas à HPB. O primeiro passo para a detecção da doença é a avaliação clínica, seguida do exame de toque retal para avaliar se a próstata está aumentada. Existem também exames complementares que podem ajudar no diagnóstico, como a análise da urina e do sangue, o escore visual de sintomas rostáticos (VPSS), exame de sangue para antígeno específico da próstata (PSA) e, até mesmo, uma ressonância magnética.

 


O tratamento da HPB varia conforme a gravidade dos sintomas e pode incluir medicamentos que relaxam os músculos da próstata e da bexiga, facilitando a micção, medicamentos que reduzem o tamanho da próstata ou a terapia combinada, que associa os citados anteriormente. Em casos mais severos, pode ser necessária intervenção cirúrgica para remover o tecido prostático excessivo.

 

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“Quando diagnosticada no início, a HPB pode ser tratada de forma mais eficaz, reduzindo os sintomas e prevenindo danos à bexiga e aos rins. Além disso, o diagnóstico precoce permite que os médicos monitorem a condição e ajustem o tratamento conforme necessário, garantindo que os pacientes recebam os cuidados mais adequados.” - explica Wagner Matheus, urologista e diretor-presidente da SBU-SP.

 

Plataforma

 

A Apsen também está utilizando a plataforma Digital Favela a fim de alcançar populações mais vulneráveis, garantindo que informações essenciais cheguem a todos, independentemente da sua condição socioeconômica. A ação traz o cantor Seu Jorge como apoiador da causa social do projeto que dá acesso a exames de possíveis sintomas da HPB para homens da periferia gratuitamente.

 


“Acreditamos firmemente na pesquisa e nas ações que podem tornar a jornada do paciente mais simples para o diagnóstico de problemas como esse. Ter Seu Jorge como um dos apoiadores na disseminação dessa mensagem à população marca o início de um projeto social totalmente alinhado ao nosso propósito de cuidar das pessoas.”, explica Renata Spallicci, VP Executiva da Apsen.

*Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.