Mais que o desconforto físico, o prejuízo psicológico e da autoestima é o principal motivador para a busca pela ninfoplastia -  (crédito: Freepik)

Mais que o desconforto físico, o prejuízo psicológico e da autoestima é o principal motivador para a busca pela ninfoplastia

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Nos últimos anos, a procura pela cirurgia íntima de redução dos lábios (ninfoplastia ou labioplastia) aumentou exponencialmente no mundo todo e o Brasil é o líder mundial nesse tipo de procedimento, segundo a International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Entretanto, as técnicas dessa cirurgia normalmente não fazem parte do programa de especialização médica, tanto de cirurgia plástica como de ginecologia, segundo o ginecologista, especialista na área e que também é membro sênior da European Society of Aesthetic Gynecology (ESAG) e associado à Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Igor Padovesi. “É um procedimento subestimado e não valorizado durante a especialização, diante de outras cirurgias consideradas mais importantes ou complexas. Acredita-se que basta cortar o excesso de pele dos lábios e dar pontos. Mas existem vários detalhes técnicos a serem observados para se obter um bom resultado estético”, afirma o especialista.

 

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O ginecologista foi convidado a apresentar a sua técnica no congresso da Sociedade Internacional de Uroginecologia (IUGA), realizado em Singapura, um dos mais importantes eventos mundiais da ginecologia. “Com o aumento expressivo da procura por essa cirurgia, muitos médicos começaram a realizá-la sem um devido treinamento, e então muitos problemas e buscas por correções começaram a ocorrer. A técnica em Y (ou “técnica de Padovesi”) tem uma abordagem inovadora ao corrigir o excesso não só dos pequenos lábios, mas também do capuz clitoriano, de uma forma facilmente executável e com excelente resultado estético”, explica.

 

Ele esclarece que a condição conhecida como hipertrofia dos pequenos lábios causa muito desconforto e constrangimento para algumas mulheres. Apesar da região íntima feminina ter uma grande variação da anatomia e não existir um padrão normal, muitas mulheres se incomodam com a aparência e têm desconforto com o uso de roupas justas, biquínis, na prática de atividades físicas ou nas relações sexuais.

 

“Mais que o desconforto físico, o prejuízo psicológico e da autoestima é o principal motivador para a busca pela ninfoplastia, e a melhora proporcionada pela cirurgia é enorme”, afirma o Igor Padovesi, que também já foi premiado com o primeiro lugar no Congresso Mundial de Ginecologia Estética da Colômbia, em março deste ano, e mentora médicos que desejam se aprimorar nas técnicas de ninfoplastias.

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No congresso em Singapura, o médico apresentou uma técnica desenvolvida por ele que é uma combinação da labioplastia interna (redução dos pequenos lábios) com a redução do capuz clitoriano. “Recebo muitos casos de pacientes insatisfeitas com ninfoplastias anteriores, desejando uma cirurgia de correção. E a queixa muitas vezes é a sobra de pele não corrigida na região clitoriana. A técnica Y é voltada para solucionar essa questão, com um resultado esteticamente mais adequado”, diz o médico.

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Igor lembra que a cicatrização total da ninfoplastia, assim como da maioria das cirurgias, leva alguns meses. “Porém, em poucos dias a mulher já pode voltar à sua rotina normal de trabalho, em uma a duas semanas para atividades físicas e após o primeiro mês já é geralmente liberada para relações sexuais, desde que a recuperação seja dentro do esperado.”