O corpo precisa de açúcar para ter energia e funcionar de forma adequada, mas o que merece atenção é quais são as fontes desse açúcar -  (crédito: Baldoni/Divulgação)

O corpo precisa de açúcar para ter energia e funcionar de forma adequada, mas o que merece atenção é quais são as fontes desse açúcar

crédito: Baldoni/Divulgação

Quando se fala em alimentação saudável, um dos principais vilões é o açúcar refinado, popularmente chamado de açúcar branco. Até mesmo a Organização Mundial da Saúde (OMS) faz alertas dos efeitos prejudiciais do consumo excessivo desse ingrediente, que pode causar diversos prejuízos à saúde.

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O açúcar refinado está presente em diferentes alimentos como pães, bolos, chocolates, biscoitos e bolachas. “Na hora de fazer as compras, é importante analisar as embalagens dos produtos. Caso haja a lupa frontal, é o indicativo de altos níveis de açúcar, sódio e gordura saturada. Nesse momento, realizar a substituição do açúcar por mel torna-se uma alternativa interessante, já que o ingrediente é rico em vitaminas e nutrientes, e, na medida certa, pode potencializar o sabor das receitas, contribuindo, também, para a saudabilidade”, destaca o engenheiro de alimentos e CEO da Baldoni, Daniel Cavalcante.

 

Enquanto o mel produzido pelas abelhas é uma rica fonte de vitaminas essenciais, como cálcio, ferro, potássio e magnésio, fundamentais para o bom funcionamento do organismo, o açúcar refinado é rico em calorias vazias, que não oferecem nutrientes ao corpo. Pelo contrário, o consumo em larga escala desse item pode acarretar diversas comorbidades listadas pela OMS, dentre elas, obesidade, cansaço, envelhecimento da pele, baixa imunidade, alterações de humor e de sono, ganho de peso, alterações hormonais e aumento de triglicerídeos.

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“Nosso corpo precisa de açúcar para ter energia e funcionar de forma adequada, mas o que nós precisamos nos atentar é quais são as fontes desse açúcar que colocamos em nosso organismo. Enquanto o mel, apesar de ser doce, tem toda uma cadeia enzimática quebrada pelo nosso organismo até chegar às células, o açúcar refinado elimina todo esse processo, o que faz com que a sensação de saciedade seja menor e o consumo seja maior, o que é prejudicial à nossa saúde”, explica Daniel Cavalcante.

Qual a quantidade de mel ideal para consumo?

A OMS recomenda a ingestão diária de até 25 gramas de mel. Vale lembrar que o mel chega a ser mais doce que o açúcar refinado. Por conta disso, a recomendação é que sejam usados até 25% de mel a menos do que a quantidade de açúcar solicitada em uma receita. Por exemplo, se a receita pede uma xícara de chá de açúcar, isso equivale a ¾ de xícara de mel.

Além disso, por sua acidez, o mel também exige ajustes na quantidade de fermento ou bicarbonato de sódio quando usado em cookies, pães ou bolos. A proporção é mais ½ colher de chá de fermento ou bicarbonato para cada uma xícara de mel da receita. Essa adição permitirá que o prato cresça de maneira adequada.

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O mel também queima um pouco mais rápido. Por isso, para evitar que a receita desande, é aconselhável reduzir a temperatura do forno no momento de assar o prato. O ideal é diminuir em cerca de 15°C para manter o equilíbrio ideal durante o processo de assar.

“Com essas pequenas alterações em relação à proporção de ingredientes e temperatura do forno, conseguimos substituir um ingrediente cheio de calorias vazias por um alimento rico em vitaminas, minerais e antioxidantes. Porém, é importante ressaltar que essa mudança não é algo para todos, não sendo recomendada para diabéticos ou crianças menores de um ano, por exemplo”, ensina Daniel Cavalcante.