Alzheimer é responsável por cerca de 60% dos casos de demência -  (crédito: Freepik)

Alzheimer é responsável por cerca de 60% dos casos de demência

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O estudo Biomarcadores sanguíneos para detectar a doença de Alzheimer em cuidados primários e secundários, publicado no Journal of American Medical Association (JAMA) e apresentado durante a conferência da Associação Internacional de Alzheimer, concluiu que o exame PrecivityAD2, que detecta proteínas que indicam a presença ou ausência de placas amilóides cerebrais, pode diagnosticar a doença de Alzheimer com mais precisão do que a interpretação de médicos  a partir de testes cognitivos e tomografias computadorizadas. No Brasil, o teste é disponibilizado com exclusividade pelo Grupo Fleury, detentor da marca Hermes Pardini e Labclass em Minas Gerais.

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A pesquisa contou com 1.213 pacientes com sintomas de comprometimento cognitivo e mostrou que o exame de sangue foi preciso na identificação da doença de Alzheimer em 90% dos casos, enquanto especialistas em demência que utilizaram métodos padrões sem PET ou punções lombares invasivas foram precisos em 73% das vezes, e os médicos de atenção primária usando esses métodos acertaram o diagnóstico em apenas 61% das vezes.

Dados do Ministério da Saúde estimam que 1,2 milhão de pessoas no Brasil sofrem da doença de Alzheimer, sendo que muitas pessoas afetadas por esta condição ainda não receberam um diagnóstico formal. “Diversas condições cognitivas podem apresentar sintomas similares ao Alzheimer, levando a diagnósticos errôneos e tratamentos ineficazes. O estudo comprova ainda mais a acurácia do teste, trazendo ainda mais segurança para a investigação dos casos. O diagnóstico precoce é essencial para uma qualidade de vida melhor. Embora ainda não haja cura para a doença, é possível realizar intervenções clínicas que podem desacelerar a progressão do Alzheimer, como acompanhamento com fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas e outros profissionais, além de manter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas regularmente”, ressalta o neurologista do Fleury Medicina e Saúde, Aurélio Dutra.

 

O teste é realizado a partir de uma amostra de sangue que é analisada por espectrometria de massa (EM) de alta resolução e pela dosagem das proteínas que provocam alterações cerebrais relacionadas à doença de Alzheimer. Os resultados do teste são comparáveis às imagens PET-amiloide cerebral. No entanto, o teste PrecivityAD2 é muito menos complicado do que o PET-amiloide cerebral e outros testes invasivos, como a análise do líquido cefalorraquidiano.

 

Igualmente importante é a capacidade do teste de excluir a possibilidade da doença de Alzheimer, uma vez que muitas outras causas de comprometimento cognitivo, como depressão, apneia do sono, demência vascular e problemas metabólicos, podem mascarar-se como doença de Alzheimer, mas são tratáveis por meio de outros cuidados de saúde.

 

O teste é disponibilizado no Brasil pelo Grupo Fleury em parceria com a C2N Diagnostics, empresa de saúde de diagnóstico molecular. Em Minas Gerais, o exame é feito nos Laboratórios Hermes Pardini e Labclass. Está disponível ainda, em todas as outras marcas do grupo espalhadas pelo país, bem como em laboratórios parceiros via Lab-to-Lab. As amostras são preparadas na Central Técnica do Grupo Fleury e encaminhadas para avaliação nos Estados Unidos. O exame pode ser realizado mediante pedido médico e o resultado é liberado em cerca de 20 dias.