Alimentação consciente e equilibrada pode melhorar a qualidade de vida, evidenciando a nutrição como uma ferramenta poderosa para o corpo e a mente -  (crédito: Freepik)

Alimentação consciente e equilibrada pode melhorar a qualidade de vida, evidenciando a nutrição como uma ferramenta poderosa para o corpo e a mente

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A conexão entre alimentação e saúde mental é um campo de estudo que tem ganhado cada vez mais atenção de especialistas. Pesquisas recentes sugerem que a alimentação tem um impacto significativo não apenas na saúde física, mas também no bem-estar emocional e mental.

 

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De acordo com a nutricionista especializada em nutrição esportiva e estética, que propõe uma metodologia centrada no paciente, Thainara Gottardi, a dieta tem um papel fundamental na regulação do humor e na prevenção de transtornos mentais. "Há uma relação direta entre a qualidade da alimentação e a saúde do cérebro. Alimentos ricos em nutrientes, como vitaminas, minerais e ácidos graxos ômega-3, ajudam a proteger o cérebro e promover uma boa função cognitiva", explica.

 

 

A especialista também salienta a importância do consumo de frutas, verduras, legumes, grãos integrais e proteínas magras. “Esses alimentos podem contribuir para a produção de neurotransmissores essenciais, como a serotonina e a dopamina, que são responsáveis por regular o humor e as emoções. Outro exemplo é o triptofano, que é um aminoácido encontrado em alimentos como peixes, nozes e sementes, que é precursor da serotonina, conhecida como o 'hormônio da felicidade'", afirma Thainara.
 

Por outro lado, dietas ricas em alimentos ultraprocessados, açúcar refinado e gorduras saturadas estão associadas a um aumento do risco de depressão e ansiedade. "Esses alimentos podem causar inflamação no corpo e no cérebro, o que afeta negativamente o humor e a capacidade de lidar com o estresse", alerta.

 

A nutricionista também cita o papel dos probióticos e das fibras para a saúde mental. "A saúde intestinal está diretamente ligada à saúde mental. O intestino é conhecido como o 'segundo cérebro' porque abriga bilhões de bactérias que influenciam a produção de neurotransmissores. Consumir alimentos ricos em fibras e probióticos, como iogurte natural e vegetais, ajuda a manter um microbioma intestinal saudável, o que, por sua vez, beneficia a saúde mental", explica.
 

Além da escolha dos alimentos, Thainara reforça que a maneira como as pessoas se alimentam também pode afetar e influenciar o bem-estar emocional. "Ter uma alimentação consciente, prestando atenção ao que se come, ao invés de comer de forma automática ou sob estresse, ajuda a promover uma relação mais saudável com a comida e com as próprias emoções", indica.
 

Para quem busca melhorar a saúde mental através da alimentação, a nutricionista aconselha adotar uma dieta equilibrada e diversificada. "Investir em uma alimentação rica em nutrientes, evitando o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, pode fazer uma grande diferença no bem-estar emocional e na qualidade de vida. A nutrição é uma ferramenta poderosa não apenas para o corpo, mas também para a mente".