A esclerose múltipla afeta milhões de pessoas globalmente, mas novos tratamentos oferecem esperança (Imagem: MURGROUP | Shutterstock) -  (crédito: EdiCase)

A esclerose múltipla afeta milhões de pessoas globalmente, mas novos tratamentos oferecem esperança (Imagem: MURGROUP | Shutterstock)

crédito: EdiCase

Data dedicada à conscientização e ao enfrentamento da esclerose múltipla (EM) - doença crônica e autoimune, o Dia Nacional da Esclerose Múltipla, 30 de agosto, traz luz a condição que afeta entre dois e 2,5 milhões de pessoas no mundo, em idade produtiva (dos 20 aos 50 anos), com uma incidência estimada de quase nove casos para cada 100 mil habitantes no Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

 

 

A neurologista do Hospital Semper - Belo Horizonte Jéssica Rodrigues explica que a esclerose múltipla é uma doença autoimune crônica com componentes inflamatórios e neurodegenerativos. “A doença acomete principalmente mulheres em idade fértil (entre 20 e 40 anos) e trata-se de uma condição do sistema nervoso central (SNC), que inclui o cérebro e a medula espinhal”, afirma.

 

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Em relação aos sintomas, de acordo com a neurologista, eles dependerão da região do sistema nervoso central (SNC) afetada pela doença. “Se atingir os nervos ópticos, o paciente poderá apresentar alterações visuais; se acometer o cerebelo, poderá haver sintomas como desequilíbrio e tontura; se afetar a medula espinhal, o paciente poderá apresentar fraqueza, alterações nos esfíncteres urinário e fecal, além de alterações na sensibilidade”, informa.

 

 

A esclerose múltipla é uma doença multifatorial, ou seja, possui fatores genéticos e ambientais. Em relação aos fatores de risco ambientais, que são modificáveis, tem-se:

 

 


A neurologista destaca que, com o avanço da medicina, houve um progresso significativo no tratamento da esclerose múltipla, ressaltando o arsenal terapêutico extenso que permite a individualização do tratamento conforme as necessidades do paciente. “Atualmente, o que há de mais inovador são as terapias com anticorpos monoclonais, que, dependendo da medicação, possuem diferentes mecanismos de ação. De maneira geral, conseguimos imunossuprimir esses indivíduos a ponto de impedir que formem autoanticorpos (células de defesa que agridem regiões específicas do próprio organismo)”.

 

“Quando falamos em prevenção de doenças autoimunes, recomendamos um estilo de vida o mais saudável possível, incluindo a prática de atividade física, alimentação equilibrada, e a abstenção de álcool e cigarro”, indica.

* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.