Experiências traumáticas, como agressões, acidentes e desastres naturais, podem desencadear o transtorno de estresse pós-traumático (TEPT). Recentemente, a queda de um avião da Voepass em Vinhedo, São Paulo, trouxe à tona mais uma situação em que o TEPT pode se manifestar.

 

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O TEPT é uma condição psicológica em que a pessoa, involuntariamente, revive momentos traumáticos. Então, mesmo não estando diretamente ligada à situação, as pessoas no geral podem sofrer com gatilhos mentais e desencadear sintomas diante de episódios traumáticos e tristes.

 





Em um estudo realizado na Holanda sobre o risco de TEPT e depressão, foi analisado o acidente com um avião comercial próximo a Amsterdã. Dois meses após o acidente, 46% dos avaliados estavam em risco de TEPT, enquanto 32% apresentavam risco de depressão. Esses resultados indicam que os profissionais de saúde devem estar atentos ao fato de que os sobreviventes podem estar vulneráveis ao TEPT ou à depressão, independentemente da gravidade objetiva de suas lesões físicas.

 

 

“Esses acidentes podem servir como gatilho para a reativação de sintomas em pessoas com medo de avião. Esses eventos podem desencadear crises de pânico, agravar o quadro de fobia relacionadas ao voar e, em muitos casos, levar ao desenvolvimento do que a gente diz e conhece como transtorno de estresse pós-traumático, levando a pessoa a ter pesadelos, medo e insegurança. Existem formas eficazes de lidar com esses sintomas. A terapia cognitivo-comportamental, conhecida como TCC, e as terapias baseadas em mindfulness, são duas abordagens que podem ajudar”, explica o psicólogo e mestre em psicologia pela London Metropolitan University Vitor Friary.

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