O caso do médico nigeriano, conhecido como Tosyn Lopes, que teria abandonado sua clínica de reprodução humana no Brasil, ganhou repercussão nos últimos dias e lembra a importância de escolher um estabelecimento de saúde confiável na hora de realizar fertilização in vitro ou congelamento de óvulos.

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O profissional é suspeito de aplicar golpes e está foragido desde 2023. Neste ano, pacientes de Tosyn Lopes fizeram uma operação para resgatar óvulos e embriões no local, e se depararam com o ambiente sujo e sem energia elétrica. Elas conseguiram encontrar parte do material genético, mas o restante desapareceu.

A reprodução assistida consiste em técnicas com a finalidade de ajudar uma mulher a engravidar e pode ser realizada em casos de problemas com fertilidade ou para viabilizar a gravidez tardia, por meio do congelamento de óvulos e embriões. O procedimento exige uma série de etapas, entre elas estão: avaliação da saúde da mulher, estimulação da ovulação com hormônios, retirada dos óvulos, análise do material genético e armazenamento em nitrogênio líquido.



 

O especialista em reprodução humana João Guilherme Grassi orienta que é preciso buscar informações sobre a clínica e seus profissionais. “Primeiramente o paciente deve pesquisar informações sobre a clínica e conhecer o histórico profissional e de formação dos especialistas responsáveis pelo atendimento. Além da graduação e especialização, é importante que o médico tenha registro de qualificação de especialista (RQE) no conselho regional de medicina. Aspectos como tempo de atuação no mercado, a tecnologia utilizada, o uso de técnicas reconhecidas internacionalmente e equipamentos com certificação de qualidade são outros aspectos essenciais na hora de escolher uma clínica confiável. Atualmente também é possível buscar na internet avaliações dos próprios pacientes”.

De acordo com João Guilherme Grassi, também é importante estar atento a preços muito abaixo do mercado e taxas de sucesso apresentadas mais altas que o comum.

Onde encontrar informações?

Para se tornar especialista em medicina reprodutiva, o profissional precisa primeiramente se graduar como médico, e em seguida se especializar em ginecologia e obstetrícia. Após a residência, ele deve optar pela reprodução humana como área de atuação, ou seja, estar vinculado a uma clínica, ter realizado um determinado número mínimo de casos e passar em uma prova rígida de qualificação, que é aplicada uma vez por ano pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia.

 

“O paciente pode checar a formação médica do especialista por meio do Conselho Regional de Medicina, o CRM. Isso pode ser feito pela internet. Todo médico é credenciado no estado em que atua pelo CRM. Ao digitar o nome do médico, a plataforma mostra todas as especializações do profissional. Essa é uma forma de garantir que a clínica conta com especialistas qualificados para realizar a técnicas de fertilização in vitro que o paciente deseja”, orienta João Guilherme Grassi.

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