Cristiano Merheb é conhecido por acompanhar atletas por ser especialista em emagrecimento e longevidade, com foco em medicina desportiva. Quando o assunto é emagrecimento saudável, baseado em estudos clínicos e casos acompanhados no consultório, acredita que o déficit calórico não funciona como estratégia. “Ocorre quando se consome menos calorias do que o corpo necessita e leva à perda de peso, principalmente, por desidratação. Essa é uma estratégia inócua do ponto de vista do emagrecimento", comenta o especialista.

 

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A maioria das pessoas pensa que calorias cumprem o papel de moeda de troca, mas o corpo não tem um mecanismo interno que conta essas calorias. “Quando você considera dois alimentos com mesmo valor calórico, o efeito metabólico em seu organismo é completamente diferente”, pontua.

 



 


Ao comparar um pedaço de bife com um refrigerante açucarado, por exemplo, o efeito metabólico desses dois alimentos não podem ser comparados. O açúcar irá estimular a insulina e não ativará nenhum hormônio da saciedade, enquanto a proteína da carne cumpre papel diferenciado.

 

Se o corpo não conta calorias, mas se preocupa com a insulina, então é bom prestar atenção nela. “Podemos dividir os alimentos pelo efeito insulínico. A dieta menos insulinogênica tem menor potencial de engordar. Essa é uma dieta com menos carboidratos refinados”, explica Cristiano Merheb.

 

O mesmo vale para a contagem de carboidratos. O corpo responde aos carboidratos, mas não os conta. “Alguns carboidratos estimulam mais a insulina do que outros e isso significa que nem todos os carboidratos são iguais. Os altamente processados são estimulantes para a glicose, diferente dos complexos, minimamente processados”, sinaliza.

 

 

Ao consumir carboidratos, o nível de açúcar no sangue (glicemia) sobe e a insulina é secretada pelo pâncreas para regular a glicemia. Se os estoques de glicogênios estão completos, ela faz com que o açúcar excedente na corrente sanguínea seja armazenado como forma de gordura. A alteração nos valores de insulina também tem forte relação com o excesso de gordura corporal, que produz substâncias que conseguem influenciar negativamente na transmissão do sinal da insulina no interior das células.

 

“A prática regular de atividades físicas e uma alimentação adequada, sem excesso de carboidratos e gorduras, são as principais estratégias para evitar desequilíbrios. Além disso, é ideal evitar dieta com excesso de sódio, bem como o uso de cigarros e excesso de álcool”, recomenda Cristiano Merheb.

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