O cérebro, como qualquer órgão, também envelhece com a idade, o que faz diminuir o seu potencial funcional, impactando a saúde. As principais doenças neurológicas que acometem os idosos são as neurodegenerativas, ou seja, a demência, como as doenças de Alzheimer e Parkinson,  por exemplo. Existem também outras enfermidades relacionadas à idade, como o acidente vascular isquêmico que, por envelhecimento das artérias, compromete a passagem de sangue oxigenado que vem do coração.

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“Essas enfermidades são explicadas também como coisas da natureza humana, pois somos, em termos de DNA, a forma mais complexa de vida, e essas doenças são justamente do DNA. São proteínas que deixam de ser  produzidas ou substâncias que deixam de ser excretadas do tecido, e tais ações evoluem para uma doença como demência ou doença de Parkinson”,  explica o neurologista do Hospital Albert Sabin (HAS), Custódio Michailowsky Ribeiro.



 

Ou seja, neurônios que são formados em uma localidade do cérebro param de produzir certos neurotransmissores importantes para a motricidade e outras ações cognitivas. Não há cura para essas doenças neurodegenerativas, mas existem tratamentos para tentar retardar sua progressão, como medicamentos e terapias. 

 

Em geral, tais doenças podem começar a acometer pacientes a partir dos 65 anos de idade. E, depois dos 90, uma em cada três pessoas desenvolverá algum tipo de demência. A boa notícia é que existem formas de evitar as doenças neurológicas. Alimentação saudável, atividade física regular, boas condições de sono e cuidados e/ou controles quanto às doenças sistêmicas, como hipertensão arterial, dislipidemia, diabetes e hipotireoidismo, são grandes aliados  preventivos.

 

“Consultas regulares com especialistas, alimentação fresca e de baixo teor  glicêmico, evitar frituras e comidas extremamente gordurosas, além de  adotar dietas ricas em peixes, azeite, verduras, legumes e frutas vermelhas, são hábitos importantes para a prevenção de doenças degenerativas”,  ressalta o neurologista.

A qualidade do sono é também um fator preponderante para  evitar essas enfermidades. A insônia, por exemplo, está diretamente relacionada à possibilidade de aumento do aparecimento das doenças de  Alzheimer e de Parkinson. “Inclusive, tais distúrbios comportamentais do sono já podem ser um prenúncio de determinadas doenças, como a demência frontotemporal e a de corpos de Lewy”, esclarece o médico.

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