Está semana é marcada pelo Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29 de agosto, data em que a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) aborda as consequências do hábito de fumar para a saúde da pele, cabelos e unhas. Estudos recentes afirmam como as toxinas presentes no cigarro danificam o colágeno e a elastina, proteínas responsáveis pela elasticidade e firmeza da pele, e causam estresse oxidativo, o que acelera o envelhecimento.

 

Não só o tabagismo tem um impacto negativo, os cigarros eletrônicos (vaporizadores), mais conhecidos como vapes, também representam sérios riscos à saúde, por isso a SBD está entre as 80 entidades médicas, que assinaram uma carta em 19 de agosto, entregue a uma Comissão do Senado, reforçando a posição contrária ao Projeto de Lei 5.008/2023, que pretende permitir, com regras, a venda de cigarros eletrônicos no país.


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“Acreditamos que a legislação deve proteger a saúde da população, portanto nos unimos às demais entidades contra a comercialização de um produto que não tem evidências de segurança, pelo contrário, estudos apontam potenciais riscos à saúde pública, principalmente para os jovens, não só no que diz respeito aos cuidados dermatológicos, mas na saúde do indivíduo como um todo, podendo afetar inclusive órgãos, como o pulmão, gerando graves problemas respiratórios”, diz Heitor de Sá Gonçalves, presidente da SBD.

 




 

Para Aline Bressan, coordenadora do Departamento de Dermatologia e Medicina Interna da SBD, além de favorecer o envelhecimento precoce, os produtos químicos presentes nos líquidos dos vapes podem ser irritantes, causando vermelhidão, reações alérgicas e até mesmo retardando a cicatrização e agravando lesões inflamatórias pré-existentes, como a acne.

 

 

O melasma, uma condição que causa manchas escuras na pele, é outro problema devido ao acúmulo de toxinas encontradas tanto no tabagismo como nos vapes. A queda de cabelo também é um fator que impacta os fumantes, em razão do afinamento capilar. As unhas podem ficar quebradiças e amareladas e entre as doenças sistêmicas, a psoríase pode ser agravada ou desencadeada pelo fumo.


Como parar? 

 

“A primeira forma de tratamento é o indivíduo parar de fumar, ter uma alimentação rica em antioxidantes, como vitaminas C e E, proteger a pele do sol e manter hidratada. Procedimentos dermatológicos como peeling químico, microagulhamento e laser podem ser benéficos ao estimular a produção de colágeno e remover células danificadas”, orienta a dermatologista. 


 

O fumante deve buscar auxílio dermatológico ao notar sinais como rugas acentuadas, pele sem brilho, cabelos quebradiços ou unhas amareladas. “Esses sinais indicam que a saúde dermatológica está sendo impactada e que um tratamento especializado pode ser necessário”, destaca.

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