Os fios de sustentação ganharam força no mercado de estética como uma opção para quem busca rejuvenescer a aparência e atingir um processo mais natural. Na técnica, os fios são colocados na parte subcutânea da pele para ajudar a dar firmeza e deixá-la mais jovem. Por isso, esse procedimento tem ganhado popularidade no Brasil e no mundo, aumentando sua procura em clínicas de estética.

 

Segundo o médico Luiz Tonon, pós-graduado em Dermatologia Clínica e Cirúrgica e especialista em Fios de Sustentação e Reposicionamento Tecidual, é preciso respeitar e entender os processos que envolvem os fios de sustentação para conquistar um resultado ideal e não acontecer a frustração. “Muitos pacientes acreditam que o procedimento trará resultados milagrosos e será a primeira opção do especialista. É preciso traçar um plano de tratamento. O fio será a cereja do bolo para finalizar aquela puxadinha que o paciente precisa. Qualquer fio poderá retracionar e puxar no máximo de um a dois centímetros de pele, mais que isso só com cirurgia plástica”, afirma.

 

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O especialista reforça a importância de retrair a pele com alguma tecnologia, como um ultrassom microfocado, para densificar a gordura e, muitas vezes, até fazer alguns pontos de estruturação facial, que ajudarão a melhorar o contorno. Além disso, o médico pode ajudar a estrutura óssea do paciente com algum tipo de injetável, preenchedor ou bioestimulador, para que assim, os fios sejam colocados.

 

Mas o que são?


Fios de sustentação são utilizados em procedimentos de lifting facial e tratamento corporal para levantar e firmar áreas que apresentem flacidez. Esses fios podem ser absorvíveis ou não absorvíveis pelo organismo e ajudam a estimular a produção de colágeno, fazer volume no sulco nasogeniano, conhecido como bigode chinês, na fronte e no nariz, compactar gordura, estruturar o rosto e até tratar rugas.


 


 

Tanto a colocação dos fios absorvíveis quanto dos não absorvíveis é feita em consultório e não precisa de internação ou centro cirúrgico. Em geral, é feita uma anestesia local e muitas vezes só se faz uso de pomada tópica. É um procedimento de rápida execução, que leva no máximo uma hora de duração, dependendo do fio, e é praticamente indolor. “Muitos dos meus pacientes só relatam um incômodo de estarmos mexendo no local”, diz Luiz.

 

O procedimento é indicado para pacientes acima dos 40 anos, com os primeiros sinais de envelhecimento, mas que ainda possuem gordura na face. Entre algumas contra-indicações estão pacientes muito emagrecidos, com doenças autoimune, pacientes que estão tratando algum tipo de neoplasia ou câncer, pacientes que possuem doenças de colágeno e quadros de doenças não estabilizadas.


 

O valor depende muito do fio que será colocado, os mais comuns de polidioxanona (PDO), variam entre oito a 12 mil e tem duração de resultado de 10 a 12 meses. Já os fios de polilático com caprolactona (P(LA/CL), uma tendência no mercado, tem durabilidade de 24 meses e custa entre 14 e 18 mil reais. Esses são valores praticados no mercado, mas podem variar muito conforme a clínica e o médico.

 

Algumas recomendações pós-procedimento: 

 

  • Dormir uma semana de barriga para cima
  • Ficar uma semana sem fazer tratamentos odontológicos
  • Movimentar o rosto com muito cuidado na hora de passar hidratantes
  • Não realizar massagens faciais
  • Evitar atividade física de impacto
  • Não fazer uso de saunas
  • Não comer alimentos duros e muito quentes

 

Fios de sustentação X Cirurgia


De acordo com Luiz, a cirurgia plástica trabalhará com excesso de pele e, muitas vezes, esses pacientes saem da cirurgia e fazem o reposicionamento depois com os fios. “Esses fios são muito versáteis, mas não resolvem tudo. Apesar de ser um apaixonado pela técnica, entendo que para chegar nela é preciso que outros pontos sejam considerados primeiro”, conta o profissional que já trabalha com o procedimento há mais de 10 anos, dá palestras para médicos e é diretor científico do Medical Discovery Experience, evento para médicos que acontece nos dias 24 e 25  de outubro, no parque do Ibirapuera, em São Paulo.

 

A única ressalva que o médico faz é quanto ao profissional escolhido para realizar o procedimento. “É importante escolher um médico que seja rico em conhecimentos de anatomia, de arquitetura dos fios e que entenda de gerenciamento de envelhecimento. E, claro, seja credenciado e saiba reverter o procedimento, caso alguma coisa saia do controle”. 

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