Um treino é considerado eficaz quando atende aos objetivos do praticante, seja ele o aumento da força, a melhora da resistência cardiovascular, a flexibilidade, ou a perda de peso -  (crédito: Freepik)

Um treino é considerado eficaz quando atende aos objetivos do praticante, seja ele o aumento da força, a melhora da resistência cardiovascular, a flexibilidade, ou a perda de peso

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É muito comum associar o suor intenso durante o exercício à eficácia do treinamento. No entanto, essa relação não é tão simples e suar muito não necessariamente indica que o treino foi eficiente. A sudorese ou a produção de suor é um mecanismo fisiológico do corpo para regular a temperatura interna. Ao se exercitar, os músculos geram calor, o que eleva a temperatura corporal. Para evitar o superaquecimento, o corpo libera suor, que ao evaporar na pele ajuda a resfriar o organismo.

 

 

“Perder peso através da perda de água e a perda de gordura corporal, são situações totalmente diferentes. Ao perder água estamos apenas “desidratando” e ao ingerirmos água, este peso perdido possivelmente irá retornar. Para que haja perda de gordura, é necessário estarmos em déficit calórico para que ocorra tanto a lipólise (quebra da gordura) como a beta-oxidação (“transformação” destes lipídeos em energia “ATP”)”, esclarece o nutricionista Gustavo Camargo, professor do curso de pós-graduação de Bodybuilding Coach da Faculdade Uniguaçu.

 

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Com isso, combinar alimentação balanceada com uma rotina de treinos sob orientação profissional é essencial para definir a rotina de treinos que vai a mudança da composição corporal, para eliminar gordura e aumentar a massa magra.

 

“Os fatores determinantes para a quantidade de suor produzido durante a atividade física são: idade (os jovens podem chegar a transpirar mais que idosos), genética, temperatura, umidade, peso, além disso, algumas pessoas possuem um maior número de glândulas sudoríparas hiperativas, e isto também pode influenciar na produção de mais suor”, comenta Rosi Sousa, profissional de Educação Física da Fórmula Academia.

 

 

Existem dois tipos de condições consideradas fora do normal quando o tema é suor: a anidrose, quando a pele sofre de ausência de suor e a hiperidrose - quando há suor em excesso. "Se você acha que sofre desta última condição, é melhor consultar o médico e realizar o tratamento adequado", aconselha. 


De acordo com Leonardo Feiden, médico e professor da Faculdade Uniguaçu, a quantidade de suor produzido não é um indicador direto da eficácia do treino, mas sim de como o corpo responde ao aumento de temperatura. Diversos fatores influenciam a sudorese, como:

 

1. Temperatura e umidade do ambiente

 

Em climas quentes e úmidos, o corpo sua mais para tentar se resfriar, mas a evaporação do suor é menos eficiente, já que o ar está saturado de umidade. Isso pode fazer com que a pessoa sinta que está suando muito mais, independentemente da intensidade do exercício.

 

2. Gênero e genética

 

Homens, em geral, tendem a suar mais que mulheres. A genética também desempenha um papel importante: algumas pessoas simplesmente suam mais devido à sua herança genética, independentemente do tipo de exercício que estão realizando.

 

3. Tipo de roupas

 

O uso de roupas que não permitem a respiração da pele pode aumentar a produção de suor, sem que isso esteja relacionado com o esforço físico.


 

"O fato de suar muito não deve ser o único critério para avaliar a eficácia de um treinamento. Um treino é considerado eficaz quando atende aos objetivos do praticante, seja ele o aumento da força, a melhora da resistência cardiovascular, a flexibilidade, ou a perda de peso, e isso depende de fatores como a intensidade, a duração e a especificidade do exercício, e não apenas da quantidade de suor”, destaca Leonardo Feiden.

 

Desidratação

 

A sudorese excessiva pode levar à desidratação, especialmente durante exercícios físicos prolongados ou em ambientes quentes. A desidratação ocorre quando o corpo perde mais líquidos do que é reposto, o que pode comprometer o desempenho e até mesmo ser perigoso para a saúde.

 

O médico pontua cinco maneiras de prevenir a desidratação:

 

  • Hidratação regular: é fundamental beber água antes, durante e depois do exercício. A quantidade varia de acordo com a intensidade do treino e as condições ambientais
  • Consumo de bebidas isotônicas: durante exercícios prolongados, especialmente em ambientes quentes, bebidas isotônicas podem ser úteis para repor não só a água, mas também os eletrólitos (como sódio e potássio) perdidos através do suor
  • Atenção aos sinais de desidratação: fique atento a sinais como boca seca, fadiga, tontura, dores de cabeça e urina escura. Esses são indicativos de que o corpo está desidratado e precisa de reposição imediata de líquidos
  •  Vestimenta adequada: usar roupas leves e de tecidos que permitam a transpiração ajuda na regulação da temperatura corporal e na evaporação eficiente do suor
  • Evitar o excesso de cafeína e álcool: bebidas como café e álcool podem ter efeito diurético, aumentando a perda de líquidos e contribuindo para a desidratação

* Estagiária sob supervisão da editora Ellen Cristie.